5 coisas que você precisa saber sobre fundo de investimentos

Para quem não conhece os fundos, o que foi falado antes é verdade: eles funcionam como condomínios!

Assessoria
Publicada em 22 de junho de 2018 às 12:03
5 coisas que você precisa saber sobre fundo de investimentos

O mercado financeiro ainda é um mistério para a maior parte da população, mesmo que essa mentalidade venha mudando aos pouco. São muitas siglas, termos, classificações e regras que pode deixar — e, na verdade, deixa! — muita gente confusa. Mas a realidade é menos assustadora e, com um pouquinho de paciência, é possível entender cada vez mais sobre investimentos.

Para o caso dos fundos de investimentos, em específico, é bastante comum surgirem várias dúvidas sobre seu funcionamento e, principalmente sobre suas regras conhecidas por serem bem rígidas. Por tratar-se de um condomínio com vários cotistas, ainda se têm o pensamento de que é mais arriscado ou, pior, menos rentável.

Para quem não conhece os fundos, o que foi falado antes é verdade: eles funcionam como condomínios! Por um lado, existem os moradores (ou investidores, no caso do mercado financeiro) que agem como um só sob algumas regras de convivência; por outro lado, há um responsável administrativo, um síndico  (ou gestor), que cuida de tudo para manter a ordem e o bom funcionamento.

Na prática, esse tipo de ativo capta dinheiro de vários investidores (que não precisam necessariamente se conhecer), chamados cotistas, e os une para ter um patrimônio maior para investir. Cada um deles tem direito a uma porcentagem dentro dos fundos, chamada cota, que varia de acordo com o que foi investido.

Basicamente é assim que as cotas funcionam. Simples, não é? Um pouco. Mas para compreender melhor essa dinâmica, existem também outros pontos que merecem atenção, confira a seguir quais são eles e veja se estas são aplicações indicadas para seu perfil.

O benchmark

Em qualquer tipo de fundo que se venha a investir, é preciso ter em mente o tão conhecido e, às vezes temido, benchmark. Esse termo se refere a nada mais nada menos que um índice de referência. Isso porque todos os fundos devem ter um indicador — os mais conhecidos são a Selic, IPCA ou mesmo IBovespa — como base para seus rendimentos.

A escolha da aplicação determina qual índice será referenciado. A partir daí, é definido também o tipo de gestão do fundo: passivo ou ativo. No primeiro caso, o profissional define uma estratégia específica para que a rentabilidade do fundo apenas acompanhe o índice; já no segundo, o gestor precisa de mais experiência e pensamento estratégico para superar o valor do indicador.

Não é preciso dizer que a gestão ativa é bem mais difícil no sentido não apenas de administração do investimento, mas também de alcançar a meta. Isso faz com que seja um pouco mais arriscada do que a passiva e, claro, tenha taxação a mais, chamada taxa de performance.

A classificação

De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), existe uma classificação para os fundos. Eles são divididos em quatro categorias: renda fixa, multimercados, ações e cambiais; claro, dentro de cada uma, ainda há subcategorias e outras divisões que dependem de estratégias ou do tipo de gestão definido.

Os fundos de renda fixa, por exemplo, são bastante seguros e é possível escolher o indicador a seguir, como a Selic ou o IPCA, assim como se tem a opção de aplicar o dinheiro em títulos públicos ou de bancos privados. Os fundos de ações, por outro lado, são investimentos em renda variável, mas possuem a vantagem de contar com um gestor à disposição, ou seja, perfeito para quem não consegue acompanhar a B3.

As taxas e os impostos

Para os fundos de investimento, normalmente não existem grandes taxações: é necessário compreender que será cobrada apenas a taxa de administração, a fim de garantir uma boa gestão dos fundos — valor esse que oferece cobertura de toda a equipe que cuida da sua aplicação.

Na prática, isso implica em um ponto fundamental: quanto maior o trabalho para cuidar do seu investimento, maior será a cobrança. Fundos simples, cuja manutenção é menor, pedem taxas pequenas; caso precise de mais esforço estratégico, o valor abatido é maior.

No caso da gestão ativa, no entanto, é cobrada uma taxa a mais, já falada anteriormente: a de performance. Isso ocorre quando o gestor ultrapassa o índice de referência e o valor é pago diretamente a ele, como uma forma de incentivo e premiação.

Com relação aos impostos, são cobrados o IOF (Imposto sobre Operações Fiscais) e o Imposto de Renda. O primeiro incide sob o valor total, caso o dinheiro seja resgatado em até 30 dias da data da aplicação; já a cobrança do IR varia de acordo com o tempo, desde 22,5% com, no máximo, 180 dias até 15% a partir de 720 dias.

Os riscos

Assim como qualquer outro investimento, os fundos possuem certo risco dependendo de qual for escolhido para compor sua carteira de ativos. Os mais comuns são o risco de crédito, de mercado e de liquidez.

O primeiro tipo de risco está atrelado a títulos privados, como o CDI e as letras de crédito. Trata-se da possibilidade de a instituição financeira não cumprir com seus deveres , ou seja, não conseguir pagar os rendimentos. Isso ocorre com mais facilidade em bancos menores, por exemplo, e por essa razão a rentabilidade deles é maior.

O risco de mercado tem ligação com as oscilações do mercado e a possibilidade de se perder dinheiro em uma baixa. Principalmente para os fundos de ações, os cotistas estão sujeitos a variáveis que podem implicar em prejuízo, como em uma crise econômica ou mesmo em meio a instabilidade política.

O risco de liquidez, por sua vez, tem relação com a facilidade de transformar a aplicação em dinheiro com rapidez em casos de emergência. Isso varia bastante entre os fundos e, portanto, é fundamental analisar esses fatores no momento da aplicação.

A CVM

Todos os tipos de fundos funcionam sob um conjunto de normas rígidas, auditorias externas periódicas e grande fiscalização. O papel de regulador é da Comissão de Valores Mobiliários  (CVM) em que todas as regras estão registradas, na Instrução CVM 555. Ainda existem fundos estruturados, como os imobiliários e os de direitos creditórios que são registrados em outras Instruções CVM.

A CVM foi criada em 1976 e possui o objetivo de normatizar, fiscalizar e ainda disciplinar o mercado brasileiro. É uma entidade autárquica vinculada ao Ministério da Fazenda, mas completamente independente e autônoma de forma financeira e orçamentária.

Agora que foi possível conhecer algumas coisas sobre os fundos de investimentos, é preciso estudar sobre o mercado e, claro, procurar orientação de profissionais que podem oferecer consultorias específicas para esse tipo de ativo. Aproveite!

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