ACE cobram promessa de campanha e exigem valorização e controle de setor à Semusa
Segundo os funcionários públicos da capital rondoniense, a valorização do servidor municipal foi uma promessa de campanha do prefeito Hildon Chaves (PSDB) em reuniões realizadas para buscar apoio ao Palácio Tancredo Neves.
Interferência política é o problema que os servidores públicos Agentes de Combate a Endemias enfrentam no primeiro ano da gestão tucana na Capital Porto Velho (RO). Segundo os funcionários públicos da capital rondoniense, a valorização do servidor municipal foi uma promessa de campanha do prefeito Hildon Chaves (PSDB) em reuniões realizadas para buscar apoio ao Palácio Tancredo Neves.
Os agentes de saúde que tentam prevenir e controlar doenças como dengue, chagas, leishmaniose e malária estiveram presentes na Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) nos últimos dias do ano de 2017, para exigir do Secretário Adjunto da pasta, Marcus Vinicius, que um servidor municipal assuma a frente dos trabalhos.
Em reuniões com cabos eleitorais no 1ª e 2ª turno, Hildon Chaves se comprometeu a valorizar os Agentes de Combate a Endemias e pediu apoio aos servidores, o então candidato a prefeito garantiu que não fecharia acordo com nenhuma classe política para não comprometer seu trabalho, a promessa de campanha também foi realizada à população em programas eleitorais, assim a interferência política não prejudicaria o corpo técnico das secretarias de Porto Velho, mas na prática não é o que acontece.
Segundo os ACE (Agentes de Combate a Endemias), Hildon Chaves cumpriu com sua promessa apenas nos primeiros meses do seu mandato, o funcionário do quadro municipal Ricardo Alves assumiu a Gerencia de Divisão, meses depois Ismael Tenório assumiu o posto, mas permaneceu no cargo apenas 27 dias e foi trocado por João Almeida, servidor federal.
Para os agentes que combatem as doenças endêmicas da capital, a troca de um funcionário municipal para federal não condiz com as palavras do tucano Hildon Chaves, que prometeu a categoria e a população de Porto Velho que não fecharia acordo político. Servidores alegam que o vereador e líder do governo na Câmara de vereadores, Alan Queiroz (PSDB) é o responsável pela troca. Após a decisão tomada pelo vereador, Agentes de Combate a Endemias se reuniram em seu gabinete na Câmara e segundo eles Alan Queiroz afirmou que a indicação era dele e a troca era justa. Alan Queiroz não quis comentar o caso ao entrarmos em contato.
Com as trocas no comando de Gerente de Divisão e falta de compromisso com promessa de campanha de Hildon Chaves (PSDB) críticas surgiram e com elas as cobranças, o servidor público municipal Taisson Rérgis questionou Hildon Chaves sobre as negociações políticas em seu mandato em sua rede social na internet.
— Prefeito, o senhor falou em reunião que iria valorizar o servidor municipal e que não iria negociar com nenhum político, porém não é o que está acontecendo, a gerência era comandada por um servidor municipal; do dia para o outro entrou um servidor federal indicado pelo seu braço direito na Câmara. Tente rever essa situação, por favor — questionou Taisson Régis, servidor municipal.
A categoria exige do prefeito e de seus secretários que cumpram com a promessa de campanha e mantenha um servidor municipal na gerência. Os agentes de saúde de Porto Velho deixaram claro em reunião que não são contra a nenhum funcionário federal, mas se a pasta pertence ao município o prefeito deve cumprir com sua palavra.
O Secretário Adjunto da Secretaria Municipal de Saúde, Marcus Vinicius, ouviu a reivindicação dos servidores e agradeceu as informações, também garantiu que analisará o caso, pois também é servidor público e dar valor aos estatutários da capital.
— Agradeço pela reunião e por nos contarem como funciona o departamento de vocês, é muito importante ter as informações, assim podemos melhorar e fortalecer nossa gestão — Agradeceu Marcus Vinicius ao afirma que o pedido será irrelevável.
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