Comissão de Educação e Cultura denuncia violência no campo

Milicianos estariam intimidando agricultores que por medo estão abandonando terras e suspendendo aulas na região do Vale do Jamari.

Publicada em 05 de May de 2016 às 10:51:00

Na manhã desta quarta-feira (4), a Comissão de Educação e Cultura reuniu-se no Plenarinho da Assembleia Legislativa sob a presidência da deputada Lúcia Tereza (PP) com a participação dos deputados Adelino Follador (DEM), Aélcio da TV (PP), Ribamar Araújo (PR) e Rosângela Donadon (PMDB).

Na reunião foram distribuídas matérias para relatoria, como o projeto 058/2016 de autoria do deputado Alex Redano(PRB), cabendo o relatório ao deputado Adelino Follador e o projeto 055/16 de autoria da deputada Glaucione (PMDB), com relatoria da deputada Rosângela Donadon.

Também foi lido parecer da deputada Rosângela Donadon em projeto (051/16) do deputado Maurão de Carvalho (PMDB) que concede título de Cidadão do Estado ao desembargador Gilberto Batista dos Santos.

Denúncias

A deputada Lúcia Tereza disse ter recebido denúncia de que alunos de uma escola na região de Ariquemes não estão conseguindo estudar. Adelino Follador esclareceu que devido aos conflitos agrários na região do Vale do Jamari, os ônibus escolares não estão circulando. 

No assentamento Terra Prometida, um dos mais produtivos de Ariquemes, os produtores estão abandonando suas propriedades devido a uma milícia que se julga dona de tudo e estão “tocando o terror nas famílias”, disse Follador.

Diante disso foi deliberado oficiar a Secretaria de Segurança Pública pedindo quais as providências estão sendo tomadas pelo poder público para resolver a questão e buscar o direito de ir e vir e à educação, dando o respeito que aquela população precisa, afirmou Lúcia Tereza.

A parlamentar também denunciou que em vários municípios, especialmente em escolas polos, não teve aula ainda este ano. “Em Pacarana não está tendo aula de geografia e educação física. Há 20 anos havia e porque agora não tem”, questionou Lúcia Tereza.

Falou também que é preciso resolver estas questões. “Não estamos e nem pedimos audiências públicas, pois acreditamos que estes assuntos devem ser debatidos aqui nas comissões”. Ribamar complementou que “estas questões são mais práticas se resolvidas nas reuniões”.