Delegado pede prisão dos suspeitos de matar garota Jéssica em Cerejeiras; população ameaça invadir delegacia

Enquanto o delegado falava, tiros começaram a ser disparados dentro do presídio, que fica nos fundos da delegacia.

Rildo Costa/Folha do Sul 
Publicada em 25 de abril de 2017 às 21:24
Delegado pede prisão dos suspeitos de matar garota Jéssica em Cerejeiras; população ameaça invadir delegacia

Às 19h30, o delegado Rodrigo Spiça apareceu no portão da delegacia  e, cercado por policiais militares e civis, deu explicações e pediu calma à população 

Cerejeiras, Rondônia - Uma forte tensão popular marcou toda a tarde desta terça-feira, 25, na porta da Delegacia da Polícia Civil de Cerejeiras, onde o delegado Rodrigo Spiça tomou o depoimento dos suspeitos do   assassinato da jovem Jéssica Moreira Hernandes, de 17 anos, desaparecida desta a última quinta-feira, 20, e encontrada morta dentro de um saco ontem (segunda, 24). Os ânimos dos manifestantes ficaram exaltados.

Os  três suspeitos de participar da morte da jovem são o namorado da vítima, um primo dele e a esposa deste primo. O delegado Rodrigo Spiça começou a ouvir os três suspeitos por volta das 13h00 e, segundo informações, o depoimento terminou por volta das 17h00.

Por volta das 18h00, com o término do expediente de trabalho, populares, vestidos com uniformes de empresas onde trabalham, foram para frente da delegacia. Com o fim do velório da jovem, enterrada por volta das 17h30, os conhecidos que estavam no funeral também correram para a DPC.

Uma revolta popular começou a se levantar por volta das 19h00, com gritos de “Justiça, justiça”.

Às 19h30, o delegado Rodrigo Spiça apareceu no portão da delegacia  e, cercado por policiais militares e civis, deu a seguinte explicação. 

“Pessoal, eu gostaria de esclarecer aqui sobre o andamento das investigações. Eu entendo a revolta de vocês, mas não é assim que temos de resolver as coisas. Os três suspeitos estão sendo apenas investigados e não existe ainda nenhuma acusação contra eles. Só teremos provas definitivas no final do processo, se for o caso de eles serem culpados. Por enquanto, foi pedida apenas a prisão preventiva deles, para o bom andamento das investigações. Ainda faltam laudos periciais, faltam provas técnicas, ainda falta muita coisa. Então, peço a vocês que entendam esse processo necessário de investigação”.

Enquanto o delegado falava, tiros começaram a ser disparados dentro do presídio, que fica nos fundos da delegacia.

Um policial militar disse ao FOLHA DO SUL ONLINE que os três acusados (que as autoridades não passaram o nome) foram encaminhados para Vilhena. Esta informação também foi passada aos populares na porta da delegacia (mas as pessoas não acreditavam e acham que seria uma estratégia das autoridades para despistar o povo e evitar um eventual linchamento dos suspeitos).

Uma informação passada ao FOLHA DO SUL ONLINE dá conta de que os tiros disparados dentro do presídio foram de “borracha”, ou seja, de efeito moral, pois populares teriam atirado pedras na porta da cadeia, em busca dos suspeitos de matar a garota Jéssica – e manifestantes acreditam que eles ainda estão na prisão em Cerejeiras.

O site pretende ouvir outras autoridades e familiares dos suspeitos antes de revelar seus nomes, conforme recomendam os próprios investigadores.

 

 

Winz

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