Em Dia de Luta, bancários fazem manifesto contra as demissões do HSBC e descaso do Bradesco

O ato faz parte do Dia Nacional de Luta, que hoje acontece simultaneamente em todo o país...

Publicada em 31 de May de 2016 às 12:13:00

Empregados do HSBC e dirigentes do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro (SEEB-RO) fizeram, na manhã desta terça-feira, 31/5, em Porto Velho, um manifesto com atraso de uma hora no atendimento, em protesto contra as demissões que o HSBC vem promovendo em todo o país e também contra o descaso do Bradesco, que adquiriu 100% do capital social do HSBC Brasil em agosto de 2015, e, até o momento não deixou claro como atuará com os funcionários do banco inglês que está deixando o Brasil.

O ato faz parte do Dia Nacional de Luta, que hoje acontece simultaneamente em todo o país, e serve para esclarecer à sociedade que mesmo após garantir ao movimento sindical, diversas vezes, que não haveria demissão em massa ocasionada pela compra do HSBC, o Bradesco já demitiu, de janeiro a março deste ano, 1.466 postos de trabalho em todo o território nacional. Um exemplo disso é o HSBC em Rondônia que demitiu, na última semana, uma funcionária com 31 anos de dedicação ao banco.

E isso porque, no mesmo período, o Bradesco teve lucro líquido ajustado de R$ 4,113 bilhões. Ou seja, mesmo com lucros no início do ano, o banco mantém sua política de corte de postos de trabalho, inclusive com redução de número de agências, com um déficit de 152 unidades no período de março de 2015 a março de 2016.

“O HSBC adquiriu o extinto Bamerindus quase de graça há 19 anos, sendo que destes, 15 anos foram de lucros e, mesmo assim, diminuiu o seu número de empregados. Agora, depois de encher o bolso de dinheiro, vai embora do país e deixa mais de 22 mil bancários à própria sorte. Enquanto isso o Bradesco ainda não deixou claro se vai ou não cumprir sua promessa de não haver demissões para estes funcionários do HSBC, o que causa muita apreensão e medo, deixando estes trabalhadores com stress emocional muito forte, pois não sabem se serão os próximos na lista de corte. E isso, como se sabe, causa o adoecimento destes pais e mães de famílias que dedicaram anos de suas vidas para o banco e agora se encontram com este quadro de incertezas”, menciona José Pinheiro, presidente do Sindicato, que afirma que os atos em defesa do emprego e pela valorização continuarão até que o HSBC e o Bradesco garantam um destino estável e digno para os seus funcionários.