Em Linhas Gerais

Gessi Taborda

Publicada em 27 de March de 2015 às 12:04:00

Cortesia com o chapéu alheio para a bilionária FriBoi abre nova crise no governo

[email protected]

DEMAGOGIA

O demagogo é aquele que prega doutrinas que sabe serem inverídicas às pessoas que sabe serem idiotas.

QUESTÃO DE SAÚDE

Certamente registrar mais uma vez reclamações sobre a falta de compromisso da prefeitura com a questão do lixo urbano praticamente não adiantará muita coisa, pois a reação rotineira do péssimo prefeito Mauro Nazif é a de não se sensibilizar, como se já estivesse resignado em terminar seu mandato como “mais um prefeito” decepcionante, também incapaz de pelos menos minimizar os transtornos herdados de seus antecessores.
Mas a coluna não pode deixar de lado – mesmo convencida de que enquanto durar o governo Mauro não deve acontecer o bom andamento administrativo da capital – a obrigação de lembrar que até agora a prefeitura não tem nada para garantir que irá cumprir lei federal sobre a questão da tão sonhada estação de tratamento do lixo.
A coleta do lixo, sua destinação e seu tratamento é mais do que simplesmente uma questão de limpeza. É uma questão de Saúde Pública, e disso o prefeito deveria saber muito bem, por ter a formação de médico.

SÓ PROPAGANDA

A prefeitura pode até não se mobilizar para cumprir a legislação federal em vigor na questão da manipulação do lixo, levando-se em conta os aspectos ecológicos e de saúde pública. E, como sempre, dá demonstração de mais uma vez não ter nenhum temor com as consequências de sua inércia perante os chamados órgãos de fiscalização externa, como são os MPs e o TCE.
A população não sabe mais o que fazer ante a inação da administração municipal, principalmente quando vê sua tentativa de tapar o sol com a peneira, fazendo publicidade sobre uma “renovação da frota” de uns poucos veículos utilizados no recolhimento do lixo. Ora, isso não é nem um plano B para se garantir o asseio das áreas públicas de Porto Velho.

PONTO CRÍTICO

Se não houver um arrocho do Ministério Público (nos dois níveis) e do Tribunal de Contas, a capital rondoniense deverá chegar rapidamente ao ponto crítico.
Nesse governo municipal – que nessa semana foi mais uma vez alvo de críticas soezes em discursos proferidos na Assembleia Legislativa por deputados com reduto eleitoral em Porto Velho – as ações parecem ser sempre emergenciais. Então não dá para esperar muita coisa em relação à implementação de verdadeiras melhorias na qualidade da vida urbana de nossa capital rondoniense.

ESPERANÇA

A solução para a questão do lixo não é simples, especialmente para um prefeito que considera complexa até a desobstrução das calçadas e logradouros públicos, mesmo quando assinada o TAC para isso no Ministério Público. Então o que nos resta é a esperança de que os moradores de Porto Velho estejam preparados para arrumar nas eleições do próximo ano prefeito verdadeiramente capaz, operoso, que se contraponha à figura inerte do atual e dos prefeitos anteriores.

OUTRA CRISE

A revelação do impressionante desperdício de algo próximo de 100 milhões na arrecadação do estado, numa espécie de prêmio para a JBS, feita ao presidente da Assembleia, Maurão de Carvalho, deve gerar uma nova crise contra o governo Confúcio. Uma fonte com trânsito fácil entre cabeças coroadas das instituições de investigação e controle externo segredou ontem que as doações da Friboi para a vitoriosa campanha do governador terá de ser muito bem esclarecidas diante da suspeita levantadas de que tiveram características de propina.
E no que dá quando falta transparência, confiança e credibilidade no governo. Se o deputado Maurão de Carvalho insistir em rever essa política de renúncia fiscal (completamente lesiva ao erário rondoniense) o governador terá de embarcar numa nova etapa de malabarismo para tentar escapar de mais uma séria acusação de corrupção.

FINALMENTE

Denunciado por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, irá se licenciar do partido.

COM DISCRIÇÃO

Advogados de diversos pontos do estado estão procurando, com muita discrição, incentivar o retorno do dr. Hélio Vieira ao comando da OAB-RO. Insatisfeito com a perda de protagonismo da seccional da OAB em Rondônia e saudosos da gestão de Hélio, esses advogados ligam constantemente para o telefone de Hélio e lotam sua caixa postal na esperança de vê-lo novamente no cargo que ocupou por dois mandatos consecutivos.
Não vai ser fácil convencer o ex-presidente da OAB local. Afinal ele e a mulher (Zenia Cernov) vivem um grande momento com sua banca advocatícia, conseguindo vitórias inclusive na questão da transposição dos servidores, seara onde a maioria dos políticos só acumulam derrotas e pegadinhas.

CHEGANDO LÁ

Na hora da escolha dos nomes para a disputa da prefeitura de Porto Velho em 2016, a deputada (bela mais sem muito conteúdo político) vai ter de encarar muitos bicos de tucanos doidos para serem pré-candidatos. Só chegará no topo da lista quem tiver como padrinho o próprio Expedito Júnior.

INCÓGNITA

O futuro político do senador Acir Gurgacz é uma incógnita, especialmente pela mudança ou não de seu lado governista. Afinal o seu partido (PDT) deve deixar a base governista até em meados desse ano. Pelo menos essa é a informação que Carlos Lupi (ex-ministro do Trabalho e presidente nacional da sigla) vem passando aos chegados. Tudo pelo fato do PDT estar decidido a tentar vôos solos em 2016 e 2018. Em outras palavras, significa que o partido comandado pelo clã Gurgacz deverá ter candidato próprio na disputa das principais prefeituras rondonienses.

ONDA DAS CPIS

Enquanto em Rondônia os novos deputados estaduais não estão conseguindo superar os entraves colocados pelo governador para iniciar alguma CPI, no cenário nacional a situação é bem diferente. Depois da CPI do HSBC, que teve uma concorrida audiência ontem; na Câmara Federal já tem 113 das 171 assinaturas de que precisa para criar a CPI dos Fundos de Pensão.

PULANDO FORA

Depois de quase dois anos injetando dólares no mercado futuro, o Banco Central (BC) interromperá o programa de venda de swaps cambiais, que funciona como venda de moeda norte-americana no mercado futuro e ajudam a segurar a cotação. A autoridade monetária não ofertará mais novos contratos a partir de 1º de abril.