Em Linhas Gerais: Nazif tenta emplacar selo de "notícia" a uma simples troca de lâmpadas em bairro da capital

Gessi Taborda

Publicada em 21 de August de 2014 às 16:12:00

[email protected]

FALTOU INTERNET

A coluna não foi enviada ontem aos editores e deixou de ser publicada. A culpa foi do péssimo serviço de internet (que é religiosamente pago) de responsabilidade da OI. Mais uma vez não houve melhores esclarecimentos. A internet parou de funcionar perto do meio dia e só voltou após as 19 horas do dia 19. Não houve como elaborar a coluna e transmitir os dados. Coisas comuns nesse nosso país de terceiro mundo.

MALIGNA

Um dos principais juristas do Brasil, Luiz Flávio Gomes, lança petição pública, que receberá milhares de assinaturas em todo Brasil, para acabar com a reeleição. Segundo ele, ela é uma das principais responsáveis pela multiplicação da corrupção e nepotismo na política nacional. Presidente do Instituto Avante, Gomes tem números e dados que comprovam o quanto a reeleição é maligna para o país. A petição será entregue no Congresso Nacional. "A não reeleição é um freio contundente no atual quadro de degeneração da nossa política nacional, que precisa urgentemente de reforma", diz Gomes. "Vamos chegar a milhão de assinaturas", afirma. Mais detalhes dessa petição e de como endossala no seguinte site: http://institutoavantebrasil.com.br/fim-do-politico-profissional/

INSISTÊNCIA

Na falta de ações e programas capazes de remodelar a plasticidade urbana de Porto Velho e resolver as questões estruturais da capital rondoniense, a gestão de Mauro Nazif mantém a insistência de produzir e distribuir factoides para a mídia, na esperança de, assim, criar a falsa imagem de uma gestão operosa.
É raro um dia em que pelo menos 3 desses factoides não chegam nas caixas de e-mails dos jornalistas. São coisas da rotina administrativa, pontuais e que em nada merece o selo de “notícia”.

CÔMICO E TRÁGICO

Um desses factóides visava dar importância ímpar à troca de lâmpadas queimadas no Bairro Igarapé. Num deles os escribas do prefeito falaram sobre a “inspeção de documentos em estabelecimentos da Avenida Pinheiro Machado” como uma ação de destaque desse prefeito que sem perceber vai, como no samba, “cavando o abismo com os próprios pés”. Só vai descobrir a m* de sua gestão quando tiver de enfrentar as urnas novamente.
Num outro factoide (“Profissionais da Educação serão capacitados para o combate ao trabalho infantil”), a gente poderia dar uma boa gargalha se a comicidade da prefeitura não fosse tão trágica.

ODACIR OLHA LONGE

Fora da ribalta política rondoniense por vários anos, Odacir Soares mantém sua posição de político acostumado a enxergar longe. Odacir está novamente no Senado, ocupando a vaga em que Ivo Cassol é titular. E o experiente político busca aproveitar bem esse tempo (mesmo sendo período eleitoral) para deixar claro sua capacidade de buscar e dar respostas às mais importantes indagações da população. Com poucos dias numa Casa parlamentar que conhece como ninguém, Odacir está mais uma vez brilhando na ribalta e de olho em 2016. Ela conhece como o cenário de líderes é pobre em Porto Velho para a próxima disputa. Certamente o agora Senador deve estar sonhando em retornar à prefeitura portovelhense onde praticamente começou sua carreira política.

ELE VOLTOU

Vi anteontem o retorno do horário eleitoral gratuito (???) na TV. Não trouxe inovações no imenso desfile de figuras bizarras e hilárias. Foi mais um desfile monótono, interminável de nomes que pedem voto e garantem estar preparados para representar bem o estado e sua população; o que a gente sabe que não é verdade. Entre os personagens esquisitos que botaram a cara na TV estava o representante do clã Donadon, notabilizado em todo o Brasil por ver seus membros deputados irem parar na cadeia, condenado pelo rombo e corrupção na Assembleia.
Mas a aparição mais explícita foi a de uma chatérrima apresentadora de TV novamente contratada para “apresentar” o time de uma importante coligação. Nesse “hit” a eleição desse vai ser um videotape pior das eleições passadas. Criatividade zero.

ENGANAÇÃO

Na maioria das vezes as “entrevistas” com candidatos no “jornalismo” (??) é mera enganação e não serve para o eleitor tirar a limpo a verdadeira capacidade dos entrevistados e seus comprometimentos. Canais de TV rondonienses também estão anunciando as entrevistas especiais com aqueles que estão na disputa do governo. Ora, se o modelo adotado for o da Globo com a entrevistas no JN, o eleitor não perderá nada se não assistir a esses embustes.
Veja como foi, por exemplo, o caso da entrevista com Dilma: para ela um tratamento especial, nada daquilo que aconteceu com o falecido Eduardo Campos e com Aécio, que foram colocados contra a parede por assuntos de menor importância.
Com Dilma (o governo é um dos maiores anunciantes da mídia brasileira) o tempo passou se que ela fosse incomodada, Nem sequer a Petrobrás destroçada pelo PT, foi abordada adequadamente. Tampouco as superfaturadas e não concluídas obras da Refinaria Abreu Lima e da transposição do Rio São Francisco.

NÃO RESPONDEU
E mesmo, numa arena das mais amistosas, Dilma vergonhosamente se negou a responder por que seu partido trata como heróis os condenados do mensalão. E ainda teve a cara de pau de declarar que a economia vai bem e a saúde, idem...

NEM DE LUPA

O que o prefeito Mauro Nazif, aproximando-se do segundo ano de sua gestão poderia enumerar como obra verdadeiramente importante entregue à população de Porto Velho? Se a maneira de agir desse prefeito não mudar, quando ele estiver completando os 4 anos de gestão, nem de lupa a gente vai conseguir encontrar algo marcante em sua gestão...

COISAS DISTINTAS

Tudo leva a crer que quem fiscaliza essa campanha tem dificuldades para compreender a diferença entre “informativo” e “panfleto” eleitoral. Ora, como a autoridade capaz de proibir a distribuição de meros “santinhos” pode permitir a um candidato sabidamente mais sujo que pau de galinheiro distribuir um panfleto como se o mesmo fosse um “informativo” ou um “jornal” de campanha. É de deixar embatucado até letrista de samba de enredo.