Esquema de propina na área de saúde no Governo Confúcio variava de 9 a 30%, diz investigação

A propina, segundo as informações, era paga ao cunhado do governador Confúcio Moura (PMDB), Francisco de Assis, casado com Cláudia Moura , ex-secretária de Ação Social.

Publicada em 15 de October de 2014 às 10:27:00

Da reportagem do Tudorondonia


Trechos de um documento do Tribunal de Justiça de Rondônia, subscrito pela juíza convocada Duília Sgrott Reis, da 2ª Câmara Criminal, mostram que, de acordo com uma série de investigações policiais e dos ministérios públicos estadual e federal, denúncias que chegaram àquela Corte revelam que o esquema de corrupção no Governo Confúcio Moura (PMDB) renderia propina que variava de 9% a 30%.

A propina, paga ao cunhado do governador Confúcio Moura (PMDB), Francisco de Assis, casado com Cláudia Moura , ex-secretária de Ação Social do Governo do irmão, visava agilizar pagamentos a empresários na área da saúde.

De acordo com o documento judicial, o ex-secretário adjunto da Saúde, José Batista da Silva, revelou que num período de dez meses foram liberados R$ 55 milhões dos cofres da Sesau com o esquema de pagamento antecipado aos credores com a respectiva cobrança de propina.

A Oxiporto, uma empresa que presta serviço de fornecimento de gás medicinal aos hospitais públicos de Rondônia, pagava propina de 9% a Francisco de Assis, conforme revelou José Batista.

A magistrada anotou indícios de que o próprio governador Confúcio Moura, junto com a JBS-Friboi, teria “esquentado” recursos em troca de prestação de serviços em benefício das empresas Eicon Informática e Tecnologia e Cimacs Logística, neste caso, segundo a anotação da justiça, a compra de medicamentos no valor de R$ 110 milhões de reais e prestação de serviços de tecnologia.