Ex-prefeito de Vilhena é condenado a 55 anos de prisão por desvio de verbas

Pena de Rover foi menor que a de secretários.

Fonte: Folha do Sul 
Publicada em 01 de fevereiro de 2018 às 15:40
Ex-prefeito de Vilhena é condenado a 55 anos de prisão por desvio de verbas

Ex-prefeito Zé Rover (Foto: Reprodução)

Numa sentença de 40 páginas, o juiz Adriano Lima Toldo, titular da 2ª Vara Criminal de Vilhena, condenou o ex-prefeito Zé Rover a 55 anos de prisão pelo desvio de verbas da Secretaria Municipal de Comunicação. Antes dele, os secretários Gustavo Valmorbida e Luís Serafim já haviam sido sentenciados a 76 anos. 

Também foi julgado, na mesma ação, o secretário de Finanças do município na época dos fatos, Severino Miguel Júnior, que acabou  absolvido. O magistrado deixou de aplicar novas penas a Gustavo e Serafim, e explicou a punição mais “branda” para Rover: ele não foi denunciado pelos mesmos crimes atribuídos aos dois secretários condenados anteriormente.

COMO ERA O ESQUEMA

Em 2014, dentro da Semcom, foi montado um processo fraudulento, tendo como recebedor da verba destinada à publicidade institucional, o jornal Correio de Notícias (hoje fechado), que repassaria o dinheiro para pessoas físicas e empresas. Para realizar o procedimento, foram falsificados documentos e uma simulação de licitação.

O QUE DISSE ROVER

O prefeito alegou, em sua defesa, que não tinha conhecimento dos desvios e que não imaginava de onde saíam os recursos que pagavam suas despesas publicidade para promoção pessoal. O argumento não convenceu o juiz, que comprovou, através de documentos entregues por Serafim, que o mandatário sabia o que era feito.

“Não há dúvidas de que os valores desviados foram utilizados para pagamento de dívidas pessoais do réu ROVER, para sua promoção pessoal, bem como para evitar publicidade negativa em relação a sua pessoa, como restou comprovado pelos documentos e declarações colhidas nos autos”, escreveu Lima Toldo em sua decisão.

Clique aqui e leia sentença na íntegra.

Winz

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Comentários

  • 1
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    carlos coqueiro 01/02/2018

    Agora, sobrará tempo para cuidar do próprio prontuário? Adeus, planejamento para novos assaltos ao patrimônio público?

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