Experiências com a interiorização da Educação Superior são apresentadas no ForGrad

Segundo Maria Auxiliadora, para facilitar o acesso da população ao Ensino Superior para moradores de municípios afastados dos grandes centros.

Publicada em 22 de August de 2014 às 09:46:00

Só em 2012, 1,2 milhão de pessoas foram beneficiadas por assistência jurídica e de saúde e programas de educação e promoção sociocultural oferecidos pelas Universidades Comunitárias do Sistema Acafe (Associação Catarinense de Fundações Educacionais). Os dados foram apresentados pelo reitor da Unesc (Universidade do Extremo Sul Catarinense), em Criciúma, Gildo Volpato, que também é membro do Conselho Estadual de Educação, durante a tarde de hoje (21/8), no ForGrad Nacional (Fórum Nacional de Pró-Reitores de Graduação), evento que começou ontem e termina sábado (23/8), na Universidade.

Volpato participou, com o pró-reitor de Graduação da Universidade Federal do Amazonas, Lucídio Rocha Santos e com a pró-reitora de Graduação da Universidade Estadual do Maranhão, Maria Auxiliadora Gonçalves Cunha, de relatos de experiências exitosas na expansão do ensino superior com qualidade. O relato teve a mediação da pró-reitora Acadêmica da Universidade Positivo, Márcia Teixeira Sebastiani.

O reitor da Unesc explica que a interiorização do Ensino Superior em Santa Catarina surgiu a partir de um movimento iniciado na década de 60 por municípios de maior porte, que criaram Fundações Educacionais com base em Leis Municipais, como ocorreu com a Fucri/Unesc. “Hoje, o Sistema Acafe possui 16 IES (Instituições de Ensino Superior), que atuam em 52 municípios e possuem aproximadamente 153 mil alunos de graduação e pós-graduação matriculados”, comenta.

O pró-reitor de Graduação da Universidade Federal do Amazonas apresentou o case de interiorização realizado em seu estado, no sentido de incluir as populações de cidades pequenas na Educação Superior. Santos conta que a solução encontrada foi a criação de unidades acadêmicas fixas – hoje a Universidade possui cinco. Segundo ele, a dificuldade do transporte no Amazonas – boa parte ainda é feita de barco – e a evasão escolar foram pontos levados em consideração para a descentralização da Federal do Amazonas. “No nosso estado a necessidade de interiorização para facilitar o acesso ao ensino é muito grande. Hoje, aproximadamente 93% da população faz o Ensino Fundamental do 1º ao 5º ano, mas deste volume, apenas 40% chega ao Ensino Médio”, revela.

Na Universidade Estadual do Maranhão, não foi diferente. Segundo Maria Auxiliadora, para facilitar o acesso da população ao Ensino Superior para moradores de municípios afastados dos grandes centros, a Universidade distribuiu seus 33 cursos de graduação em 22 campi.

ForGrad

O ForGrad ocorre ao longo de 30 anos da seguinte forma: são realizados cinco fóruns regionais, nos quais são discutidas as temáticas definidas para o ano, e produzidas cartas contendo os principais pontos debatidos e proposições apontadas no decorrer do encontro. Essas cartas subsidiam a elaboração da carta nacional, que este ano será a carta de Criciúma, que será encaminhada e discutida com os setores ligados ao MEC (Ministério da Educação).

A temática do ForGrad Nacional em 2014 é “10 anos do Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) e do PNG (Plano Nacional de Graduação): Encontros e desencontros na qualificação da Educação Superior Brasileira”. A atual presidente do ForGrad é a pró-reitora de Ensino de Graduação da Unesc, Robinalva Ferreira.

Nesta edição, o evento tem a participação de mais de 200 representantes de 150 IES de 22 estados brasileiros. Além dos debates e discussões, o evento conta com momentos com apresentações de música, dança e teatro, organizados pelo Setor de Arte e Cultura da Unesc, e o Espaço de Terapias Manuais do curso de Fisioterapia.