Agora que as urnas tiveram sua voz silenciada pelo término da contagem dos votos ali recolhidos na consulta popular do dia 5 de outubro domingo, é tempo de se despertar a atenção dos políticos para as responsabilidades dos encargos a eles trazidos por mais essa contenda eleitoral.

E essa chamada deve se dirigir de modo especial àqueles a quem os resultados da eleição proporcionaram a posse de mandatos eletivos, a partir de janeiro do próximo ano, outorgando-lhes, assim, a condição de legisladores, com prerrogativas para elaborar, discutir e aprovar projetos, que contribuam de alguma maneira para melhorar as condições de vida da população, sobretudo dos segmentos mais carentes da sociedade.

Durante várias semanas, o eleitor rondoniense assistiu e ouviu a um desfilar de promessas, algumas delas até de certa forma mirabolantes, proferidas nos programas eleitorais obrigatórios. Mas houve, também, quem falasse coisas sérias, que puderam ser levadas em consideração. Todas, evidentemente, estabelecendo o compromisso de ações operativas em favor do atendimento e dos problemas que afligem à população.

É bem verdade que muitos dos candidatos, dentre eles até mesmo alguns que os eleitores sagraram com a condição de portadores de mandatos, ao prometerem, diziam apenas que fariam, sem, contudo, apontar os meios pelos quais se valeriam para transformar suas ideias em algo concreto.

Agora, chegou a hora de a onça beber água. O povo que foi capaz de elegê-los deve ser capaz, também, de lhes cobrar, com a veemência necessária, o cumprimento de suas propostas. Os próprios políticos eleitos deverão atentar para isso. O impressionante índice de votos em brancos e nulos, verificado no pleito, aponta para a imperiosa necessidade de os políticos reexaminarem criteriosamente sua conduta diante do cumprimento de seu mandato.

O eleitor rondoniense foi às urnas e, mais uma vez, concedeu-lhes o benefício do voto de confiança, na expectativa de que tenham condições de levar a prática o que garantiram que fariam nos programas eleitorais e nas aparições públicas. É hora de agir!