Mobilização defende educação pública

Servidores e alunos dos campi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO) realizaram durante a quinta-feira (29) atos de mobilização em defesa da educação pública.

Publicada em 30 de September de 2016 às 13:02:00

Servidores e alunos dos campi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO) realizaram durante a quinta-feira (29) atos de mobilização em defesa da educação pública. Na capital, parte das atividades se concentrou no Campus Porto Velho Calama, com esclarecimentos sobre a PEC 241 e outras pautas. Durante a discussão foram apresentados os impactos quanto à oferta de vagas e manutenção da rede pública federal de ensino.

Em reunião no auditório do campus o reitor Uberlando Tiburtino Leite, falou sobre os impactos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241 para a educação pública. “Se aprovada como está, a PEC 241 terá um efeito imediato no funcionamento da Rede Federal. Ela vai impossibilitar o funcionamento até das unidades que já existem, a continuidade da oferta de cursos, de vagas e de ações institucionais que envolvem ensino, pesquisa e extensão, além da formação de servidores e de assistência estudantil”, elencou.

Segundo ele, a previsão é de que em 2017 o orçamento sofra redução de R$ 5 milhões, se comparado ao ano de 2016. “Nós crescemos, hoje temos mais unidades, mais alunos, mais servidores, existem unidades que estão iniciando novos cursos, estamos em fase de implantação de campi e todas essas ações nossas serão afetadas. A assistência estudantil, por exemplo, tem uma redução prevista de R$ 540 mil para o ano que vem e esse é um dos efeitos imediatos da PEC”, informou.

O ato também contou com a participação de alunos, que se mobilizaram para explicar como a PEC irá impactar no cotidiano estudantil do IFRO. “Nosso objetivo é trazer a discussão para a instituição e para a comunidade externa, mostrando o que essa proposta afetará na educação pública, como por exemplo, a expansão do Instituto e o sucateamento dos equipamentos”, relatou a estudante Lys Vitória de Almeida, aluna do 2º ano de Química integrado ao Ensino Médio.

A ação também foi pontuada com a leitura da Carta de Vitória, documento construído durante a 40ª Reunião dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica (REDITEC), ocorrida em Vitória (ES). Após da leitura da carta, alunos e servidores do Campus Porto Velho Calama, realizaram um ato de protesto em frente à unidade.