Motoristas e cobradores de ônibus entraram em greve na capital e deixaram milhares sem transporte nesta segunda

Milhares de pessoas tiveram dificuldades para chegar ao local de trabalho, escolas , órgãos públicos e outros destinos nesta seguna-feira por conta da greve do transporte coletivo.

Publicada em 05 de October de 2015 às 07:14:00

Porto Velho, Rondônia - Motoristas e cobradores de ônibus das empresas Porto Velho e Três Marias entraram em greve nesta segunda-feira reivindicando reajuste salarial e outras melhorias trabalhistas, além de uma definição sobre o contrato de prestação de serviço das empresas, cuja caducidade - fim da validade - foi decretada pela Prefeitura.

Milhares de pessoas tiveram dificuldades para chegar ao local de trabalho, escolas , órgãos públicos e outros destinos nesta seguna-feira por conta da greve do transporte coletivo.

Desde às 5horas e 30 até às 7h15 minutos desta segunda nenhum ônibus circulou pela principal avenida do centro de Porto Velho, a 7 de Setembro. O mesmo ocorre em outras regiões da cidade.

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Os trabalhadores do transporte coletivo urbano de Porto Velho entraram em  greve nesta segunda-feira  para cobrar da Prefeitura uma definição da situação que se arrasta desde a decretação da caducidade do contrato das empresas Três Marias e Rio Madeira.

O sindicalista relata que os trabalhadores estão preocupados porque o Acordo Coletivo da categoria venceu no dia 30/06 e um novo acordo salarial deveria ter sido celebrado a partir de julho. Segundo Edilson Pereira, a Prefeitura chegou a prometer que a situação dos trabalhadores estaria resolvida até o dia 27/09, já que havia um contrato emergencial com a nova empresa, a Ocimar, que deveria ter começado a operar naquela data. “Mas essa empresa não veio e há informações de que não virá mais”, disse.

O presidente do SET – Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo, Roberto Perina Marciano, disse que as empresas estão impedidas de discutir um novo acordo coletivo com os trabalhadores porque estão sem contrato de operação, e por isso não é o momento de se falar em greve.

“As duas empresas (Três Marias e Rio Madeira) continuam com suas frotas nas ruas para não deixar os usuários sem transporte, porque têm responsabilidade social, e porque têm compromisso com a população”, disse.

Segundo o representante das empresas de ônibus, essa indefinição jurídica não é boa e causa uma série de problemas. Os empresários reclamam de uma série de problemas que podem ser resolvidos pela Prefeitura, como a falta de realinhamento da tarifa por cinco anos, falta de mobilidade urbana para reduzir o intervalo dos ônibus, falta de malha viária o que dificulda a conservação da limpeza e conservação dos veículos, falta de subsídio para cobrir a gratuidade que representa 30% dos passageiros transportados, entre outros.

“Mantivemos o emprego de todos os trabalhadores com seus salários em dia, mas essa situação de indefinição do contrato não pode continuar assim”, disse o presidente do SET.

O sindicato dos trabalhadores e o sindicato das empresas consideram que a Prefeitura deveeria abrir um diálogo para que todos os setores envolvidos possam fazer parte da busca de uma solução.