MPF denuncia irmãos Batista por uso de informação privilegiada

Segundo o MPF, os empresários, dirigentes do grupo JBS, lucraram R$ 100 milhões com a compra de dólares poucos dias antes do vazamento do acordo de deleção premiada.

Décio Trujillo Junior - Repórter da Agência Brasil
Publicada em 10 de outubro de 2017 às 15:39

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou os irmãos Joesley e Wesley Batista pelo crime de uso de informação privilegiada e manipulação do mercado financeiro pelas empresas JBS e FB Participações, de que são controladores.

Segundo o MPF, os empresários, dirigentes do grupo JBS, lucraram R$ 100 milhões com a compra de dólares poucos dias antes do vazamento do acordo de deleção premiada que fizeram com a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Investigações da Polícia Federal, cujas conclusões foram entregues na segunda-feira (9) ao MPF, concluíram que a holding J&F, controladora do grupo, comprou US$ 1 bilhão às vésperas da data em que a delação premiada foi divulgada pela imprensa. Segundo os procuradores Thaméa Danelon Valiengo e Thiago Laceda Nobre, os irmãos lucraram R$ 100 milhões com a operação.

Eles teriam também vendido R$ 327 milhões em ações da JBS enquanto seus executivos negociavam o acordo com a PGR. O MPF afirma que eles sabiam que a delação causaria a queda das ações da JBS e a alta do dólar e atuaram para reduzir o prejuízo da empresa.

O MPF aponta Wesley como responsável pela compra dos dólares, e ele está sujeito a pena de até 18 anos de prisão. Já Joesley teria articulado a manipulação do mercado e pode pegar pena de 13 anos.

Winz

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