O otimismo de Hildon e sua turma

Depois de um longo e tenebroso inverno (amazônico), que, aliás, ainda não terminou, embora as chuvas estejam escasseando, sente-se um clima mais otimista na Prefeitura da Capital.

Sergio Pires
Publicada em 14 de maio de 2018 às 09:18

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QUATRO MIL CASOS DE AGRESSÃO CONTRA MULHERES (SÓ EM PORTO VELHO), NO ANO PASSADO

Uma agressão a cada duas horas. Mais de 4 mil registros de algum tipo de violência, apenas em Porto Velho. Crescimento de um ano para o outro de mais de 103 por cento. Histórias de crueldade, violência desumana, tratamento animalesco, repetidas vezes e, quase sempre, dentro de casa. Mais de 70 mortes nos últimos dez anos. Todas as vítimas tinham entre 15 e 25 anos. E isso que só uma parcela do total dos casos chega ao conhecimento das autoridades. Rondônia de posiciona como um dos piores estados do Brasil em relação aos ataques contra as mulheres. Pior que nós, apenas as estatísticas de Roraima, Goiás e Mato Grosso. A Lei Marinha da Penha ajudou, mas não resolveu. Maridos/bandidos, covardes, continuam praticando todos os atos possíveis de violência contra suas companheiras, como num caso em que um desses celerados, que está preso, torturou sua mulher durante anos, até quebrar os dentes dela com um martelo e arrancá-los com uma alicate. Um animal desses merece alguma complacência? O procurador Héverton Aguiar, nome nacional do Ministério Público, tem se destacado em Rondônia por sua atuação na Promotoria da Violência Doméstica e Proteção à Mulher e tem feito o que pode para que os números pornográficos da violência contra elas diminuam. Não é uma voz solitária, mas ele mesmo reconhece que há um longo caminho para que a situação melhore e que maridos e companheiros, agressores contumazes, comecem a tratar suas mulheres como seres humanos.

Há muitos anos essa situação persiste. Não é só o machismo que pode explicar todas essas estatísticas que só aumentam. Muitos psicopatas transformaram suas companheiras em mote para carregar sua violência nata e suas frustrações. Outros continuam cometendo os mesmos crimes todos os dias, porque a mulher, fragilizada, pobre, sem uma profissão definida, sem chance de sobreviver sozinha, tem que se sujeitar a todo o tipo de agressões verbais, injúrias e agressões físicas. E há ainda um outro tipo de agressor: o que se torna violento quando está bêbado ou drogado. Esses, covardes, jamais se tornam violentos para enfrentar alguém como eles, mas se especializaram em brutalizar suas companheiras. Mais leis rigorosas. Mais meios de proteção à mulher agredida. Mais cadeia, penas maiores e sem direitos a benefícios legais para esse tipo de criminoso, ajudaria muito. Pobres mulheres. Além de tudo o que passam em termos de preconceito, ainda têm que se tornar sacos de pancadas de psicopatas que com elas convivem. É uma tragédia diária em Rondônia. E no Brasil, onde uma mulher é espancada a cada dois minutos.

O MDB ESTÁ PRONTO PARA OUTUBRO

O MDB deu uma grande demonstração de força neste sábado, quando reuniu uma pequena multidão na casa de show Talismã 21, para oficializar, mais uma vez, que tem chapa pronta para a eleição de outubro. Quem tinha dúvida, não deve ter mais. Maurão de Carvalho foi ovacionado como o pré candidato do partido, que vai liderar uma coligação de pelo menos uma dúzia de siglas, ao Governo do Estado.  O ex governador Confúcio Moura e o senador Valdir Raupp formarão a dupla para concorrer as duas cadeiras ao Senado. Tanto para a Câmara Federal quanto para a Assembleia, o partido terá uma nominata daquelas com algumas das mais importantes lideranças do Estado. Destaque também no encontro foi o governador Daniel Pereira, que fez um discurso em que demonstrou grande gratidão a Confúcio Moura e não poupou elogios a Maurão de Carvalho. Falou como se não fosse candidato ao Governo. Só não o será se o senador Acir Gurgacz, do PDT, aliado do seu PSB, não puder concorrer. O PDT, aliás, realizou encontro também muito prestigiado, em Ariquemes. Os emedebistas andam falando com otimismo, porque acreditam que Maurão repetirá a vitória de Confúcio Moura. Os planos, agora, precisam ser combinados com o eleitor...

O INFERNO É EM CANDEIAS

A reportagem da SICTV/Record descobriu, na zona rural de Candeias do Jamari, algo que parece inacreditável. O repórter Paulo Besse, mesmo experiente, voltou assustado. Ele mostrou, em matéria divulgada nos telejornais da emissora, que de 137 famílias, 100 delas já foram assaltados. O índice é de 73 por cento de todos os moradores que já foram atacados por bandidos violentos e cruéis. Deve ser um dos maiores índices de violência em todo o país. O local, chamado de Paraíso das Acácias, de paraíso não tem nada. Tem de inferno. Os bandidos, atacando com violência, fazem as famílias de refém, agridem, ameaçam de morte e saem tranquilamente. Nenhum entre a centena de crimes foi esclarecida até agora. Num dos últimos casos, uma mulher que ganhava a vida fazendo pão para vender, foi atacada dentro de casa. Ela tem 52 anos e morava no local com sua mãe, de 82. Quatro bandidos atacaram, amarraram as duas, deram coronhadas,  ameaçaram de morte e levaram tudo o que puderam. As duas, traumatizadas, abandonaram a propriedade e se mudaram para Candeias. O distrito, localizado a pouco mais de 25 quilômetros do centro de Porto Velho, está entregue nas mãos  dos bandidos. Não se compreende como, com tantas ocorrências, a polícia ainda não tenha elucidado pelo menos um dos 100 casos. E isso que o governador Daniel Pereira disse que a segurança pública seria prioridade nos seus poucos meses de governo. Cadê a polícia?

CAERD: RISCO CALCULADO

A decisão de colocar o controle da Caerd novamente nas mãos de sindicalistas, é um risco calculado pelo governo Daniel Pereira, até porque, a curto prazo, não havia outra solução. Foi o Sindur e seus dirigentes que, no passado, ajudaram a destruir a empresa, na desastrosa gestão compartilhada, onde a maioria dos diretores, ligados ao PT na época, optou por encher os próprios bolsos, ao invés de manter a empresa viável. A escolha do petista e ex vereador de Pimenta Bueno, José Irineu Cardoso Ferreira, pode parecer arriscada, mas não havia outro caminho. Embora os sindicalistas tenham sido parceiros ativos na destruição da Caerd, o momento é diferente. Eles não têm mais, por trás, a força do PT e do seu ativismo. Estão assumindo uma estatal falida – que eles ajudaram a falir – mas, ao menos, dessa vez assumiram compromissos públicos de que as coisas serão diferentes. Conseguirão ter sucesso? Dificilmente, até porque estão assumindo praticamente uma massa falida. Mas se ao menos conseguirem manter a Caerd em pé até regularizar o pagamento dos salários atrasados e funcionando, mesmo que precariamente, na sua função principal que é manter o abastecimento de água, já terá sido um passo importante, até que ela seja liquidada. A aventura da gestão compartilhada morreu. A nova missão dos sindicalistas, agora, é manter a Caerd respirando, mesmo que com a ajuda de aparelhos, até se livrarem dela. Tomara que consigam.

UMA VÍTIMA A CADA DUAS HORAS

Foram 1.337 pessoas atendidas nos últimos 90 dias, no Hospital João Paulo II, apenas de vítimas relacionadas com acidentes de trânsito. Isso representa 445 internações por mês; quase 15 por dia; uma a cada duas horas. Desse total, 72 por cento, ou seja, sete em cada dez pessoas, sofreram acidentes com motos. Ou como condutores ou como caroneiro. Apenas 133 pessoas foram vítima de acidentes de carro e outras 132, de atropelamento. Das 965 vítimas de acidentes com motos nesse período, há uma grande percentagem dos que ficarão com sequelas para o resto da vida. Para piorar ainda mais as estatísticas, a grande maioria dos acidentados com graves ferimentos e sequelas é de gente  jovem, muitos dos quais ficarão para o resto de suas vidas como dependentes dos outros e sem poder exercer suas profissões. Esse número terrível atinge 80 mil vítimas/ano em acidentes no país, com mais de 40 mil mortes. O custo disso para os cofres públicos, anualmente, beira os 200 bilhões de reais.  Proporcionalmente, Rondônia também perde boa parte do seu PIB com acidentes, além, é claro da destruição de tantas vidas. Até quando?

O OTIMISMO DE HILDON E SUA TURMA

Depois de um longo e tenebroso inverno (amazônico), que, aliás, ainda não terminou, embora as chuvas estejam escasseando, sente-se um clima mais otimista na Prefeitura da Capital. Dois motivos seriam os principais desse momento de menos pessimismo. O primeiro é que, nos próximos dias, Hildon Chaves vai lançar um dos maiores programas de asfaltamento que Porto Velho já viu, com investimentos que devem passar dos 83 milhões de reais. Segundo a expectativa do Palácio Tancredo Neves, caso nos próximos seis meses sejam realizadas todas as obras programadas, a Capital vai mudar radicalmente nesta área,  com a diminuição acentuada das críticas que a administração vem sofrendo, por causa das ruas em péssimas condições e da buraqueira que tomou conta de outras tantas. O segundo motivo relaciona-se com a saúde pública. Com a aprovação do projeto para que as Organizações Sociais assumam o comando da administração da saúde, há uma esperança concreta pelos lados palacianos de que, finalmente, o atendimento à população melhore bastante. A iniciativa da Prefeitura tem recebido muitas criticas (houve até representante do Ministério Público, discursando contra, ao invés de ingressar com alguma ação, caso considere que haja alguma ilegalidade no processo), mas a verdade é que é muito cedo para se dizer se dará errado, como parece haver grande torcida, ou se vai dar certo, como esperam Hildon Chaves e sua equipe. E a população seja beneficiada. Portanto, agora é esperar o tempo passar, para saber se prevalece o otimismo ou ele será vencido, no entorno da administração porto velhense.

UM PERIGO NAS RUAS

Como um agente de trânsito que está afastado das suas atividades, há mais de 30 dias, sai às ruas, com farda de trabalho, multa, cria confusão, manda prender, prende e ainda está livre para agredir um advogado dentro de uma Delegacia de Polícia? Ora, a responsabilidade é da Semtran e da Prefeitura, que permitem uma excrescência como essa, com um dos seus servidores, despreparado, extrapolando de suas funções e, mais que tudo, exercendo uma atividade da qual está temporariamente afastado. A agressão ao advogado Breno Mendes – que aliás, em alguns momentos também exagerou, ao ofender o agente agressivo – foi um dos momentos tristes de violência a que a população está acostumada. O que não se compreende é como nenhuma medida foi tomada contra o agente, visivelmente desequilibrado e despreparado, mesmo depois de ter dado uma cabeçada na boca de um advogado e dentro de uma delegacia. O que está acontecendo? Espera-se que, agora, depois de tantos atos fora do seu contexto e da sua autoridade, o agente seja, enfim, afastado. É um perigo para os porto velhenses!

PERGUNTINHAS

 Você sabia que dentro de pouco mais de um mês tem uma Copa do Mundo de Futebol, dessa vez na Rússia? Você sabe, por acaso, a escalação da Seleção Brasileira que vai ao Mundial, como sabia das grandes seleções que tivemos no passado?

Winz

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Comentários

  • 1
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    Guido Morais 14/05/2018

    Prezados faço referencia ao comentário referente a Caerd, os trabalhadores da CAERD foram e sempre será a base sustentadora dessa empresa, pessoas honestas e trabalhadoras, que ao longo do tempo resistem amargamente as gestão desastrosa e sem compromisso indicadas pelos governantes, onde só buscam uma coisa, tirar proveito e destruir a companhia, com exceção da Gestão compartilhada que fez a melhor gestão de todos os tempos na companhia, onde tirou a Caerd do fundo do poço, resgatou sua imagem, valorizou funcionários e fez investimentos. Se todas os governos tivessem feito o que a Gestão Compartilhada fez a Caerd hoje estava ocupando um lugar de destaque ou seja um nível de excelência em serviços prestados a população.

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    Guido Morais 14/05/2018

    Prezados faço referencia ao comentário referente a Caerd, os trabalhadores da CAERD foram e sempre será a base sustentadora dessa empresa, pessoas honestas e trabalhadoras, que ao longo do tempo resistem amargamente as gestão desastrosa e sem compromisso indicadas pelos governantes, onde só buscam uma coisa, tirar proveito e destruir a companhia, com exceção da Gestão compartilhada que fez a melhor gestão de todos os tempos na companhia, onde tirou a Caerd do fundo do poço, resgatou sua imagem, valorizou funcionários e fez investimentos. Se todas os governos tivessem feito o que a Gestão Compartilhada fez a Caerd hoje estava ocupando um lugar de destaque ou seja um nível de excelência em serviços prestados a população.

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