Quando a incompetência reina, o povo padece

Uma cidade como Porto Velho, cercada de problemas por todos os lados, não pode se dar ao luxo de jogar quinhentos mil reais pela janela da incompetência, enquanto a maior da parte da população vegeta no charco e na lama, com buracos e esgotos a céu aberto.

Valdemir Caldas
Publicada em 18 de dezembro de 2017 às 17:44

Em tempos idos, sabe-se que milhões de reais foram destinados ao município de Porto Velho pelo governo federal e acabaram voltando aos cofres do tesouro nacional simplesmente porque quem estava no comando do barco não teve competência para apresentar projetos e, destarte, viabilizar a aplicação do dinheiro e, se o fez, houve problemas técnicos.

Quando o senador ou deputado federal não destina verbas para o Estado, o governador cai de pau. Quando o deputado estadual não manda recursos para sua base eleitoral, o prefeito é o primeiro a deitar-lhe o relho nos costados, seguido de vereadores.

E o que dizer quando um deputado estadual destina quinhentos mil reais, por meio de emenda parlamentar, e o município corre o risco de não vê a cor do dinheiro porque os técnicos da prefeitura não conseguem elaborar um projeto para usar os recursos? É o fim da picada!

Propor emendas parlamentares não é bicho de sete cabeças. Qualquer senador, deputado federal, estadual e vereador pode fazê-lo. Liberar o dinheiro, porém, são outros quinhentos. Talvez por isso o brado de indignação do deputado estadual Anderson do Singeperon. Ele deve ter dado um duro danado para conseguir quinhentos mil reais para asfaltamento de ruas na zona Norte de Porto Velho, mas seu esforço pode redundar inócuo porque a prefeitura não apresentou o projeto.

Uma cidade como Porto Velho, cercada de problemas por todos os lados, não pode se dar ao luxo de jogar quinhentos mil reais pela janela da incompetência, enquanto a maior da parte da população vegeta no charco e na lama, com buracos e esgotos a céu aberto.

Recentemente, o prefeito Hildon Chaves andou decepando algumas cabeças, mas a cada troca de secretários, novas frustrações têm desabado sobre a sociedade, empurrando suas esperanças para mais distante. Lamento pelos moradores das ruas que seriam contemplados com o asfalto. Quando a incompetência reina, o povo padece.

Comentários

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    JOSE GUEDES 18/12/2017

    Prezado amigo, Valdemir. Parabéns, e muito obrigado, pela importante abordagem. Realmente, amigo, trabalhar na realização de saneamento básico é um trabalho muito penoso, mas que deve ser enfrentado, em favor da saúde pública, porque a drenagem, o esgoto sanitário, continua, sendo e serão ainda por muito tempo as principais carências de nossa Porto Velho. Fraterno abraço e tudo de bom, Valdemir. JOSÉ GUEDES

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