Que coisa feia, hem prefeito!

Não me recordo, em nenhum momento, de ter visto ou ouvido alguma atitude ou palavra desrespeitosa ao prefeito por parte daqueles moradores.

Valdemir Caldas
Publicada em 03 de outubro de 2017 às 14:12

Já disse, repetidas vezes, que não votei no candidato e, hoje prefeito de Porto Velho, doutor Hildon Chaves. Nada pessoal, por favor. Apenas uma questão de opção. Mas, nem por isso, torço ou trabalho para ver o seu fracasso à frente da administração municipal, até porque isso seria um procedimento dos mais burros. Afinal, essa é a minha cidade. A cidade que amo e na qual finquei raízes.

Muitos podem não acreditar, mas até alimentava boas expectativas para o seu governo. Isso, evidentemente, antes de assistir aquele vídeo em que o prefeito aparece conversando com moradores do distrito de Vista Alegre do Abunã (distante 200 quilometro da capital), nas dependências do que revela ser uma quadra ou um ginásio de esportes, e, sem motivo plausível, vira-lhes as costas, deixando-os falando sozinhos.

Não me recordo, em nenhum momento, de ter visto ou ouvido alguma atitude ou palavra desrespeitosa ao prefeito por parte daqueles moradores. Pelo menos as imagens não mostram nada disso. Pelo contrário, o que se vê são pessoas sedentas pela presença do poder público naquela localidade. São pais e mães de família, pedindo ao chefe do executivo municipal soluções para problemas crônicos, sobretudo na área da saúde, contra os quais se debatem há muito tempo. E o que fez o doutor Hildon? As imagens falam por si sós.

Prefeito, que coisa feia! Logo o senhor, que fez juras de amor à capital, hoje, vira as costas para sua gente. Não! Recuso-me a crê! Não é o doutor Hildon Chaves da campanha eleitoral, que aparece naquela imagem. Cadê o homem de fala mansa, de fisionomia serena, de gestos polidos, que mede as palavras antes de soltá-las ao vento, o empresário bem-sucedido, que lida com a educação, o promotor de justiça aposentado, que se orgulha de ter aprendido a identificar um ladrão em menos de três minutos de conversa? Cadê o cidadão que chegou ao palácio Tancredo Neves, sede do governo municipal, pilotando um caminhão de votos, dizendo que não era político, mas hoje, para desespero de muitos que o elegeram, comporta-se como uma velha raposa da politica, que foge do povo como o diabo da cruz.

Winz

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Comentários

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    Manoel Pinto 03/10/2017

    Parabéns Valdemir por mais um comentário pontual e cirúrgico.

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