Saia da aba do meu boné

Continua me sacaneando... Com sua crítica chibé... Você é um cabra sem futuro... Um ser humano de pouca fé

Publicada em 29 de July de 2015 às 15:19:00

Só deixo de publicar minhas sextilhas
Se o dono do jornal quiser
Enquanto isso não acontece
Com meu repente vou fazendo um funaré
Na ponta de minha caneta
Eu não conheço um coroné.

Continua me sacaneando
Com sua crítica chibé
Você é um cabra sem futuro
Um ser humano de pouca fé
A minha poesia te devora
Seu chato de cabaré.

Você faz parte da mundiça
No repente, tô te dando olé...
Seu pensamento é de jumento
Comigo não dar pé
Minha ideologia é proleta
Você é um ignorante chué.

Eu vou fazer uma pergunta
Me responda se souber
Quem envernizou a barata?
De que terra, besta fera você é?
Se você não respondeu
Não passa de um pangaré.

Seus símbolos estão quebrados, que pena!
Minhas poesias pertencem ao toré
São desarmadas:
É do arigó; é do branco; do negro; do índio; do sarará...
E do xibungo; dos dois lados; do inferninho do Zezé
Não tem religião! Seu idolatra!
É do católico; budista; protestante e do candomblé...

Sua ignorância esta perdoada
Sou da turma de Jesus de Nazaré
Você pare de bajular
Essa elite de ralé
Saia da laia desses corruptos
Ou vai ser laranja do mesmo pé.

Tô virado numa surucucú...
Engolindo sapo cururú e tucunaré...
Tô comendo Piranha, veado, boi...
Tô com a fome do jacaré
Viva!! A rima ligeira do Zé
Viva! O Zé Limeira de pé.

Eu sou o “C” do cordel, o “R” do repente
A energia que vem do puraqué
Vou pregando revolução
Fazendo a minha poesia perequeté
A luta de classes é bruta
Você sabe como é que é...

Rondônia é minha inspiração
Das belezas do cone sul ao vale do Mamoré
Mas, têm picaretas e corruptos
E muito cabra migué
Apesar de tanta tranqueira
É abençoado por Barnabé.

Estou me despedindo
O que tú fala é parangolé
Eu tenho pena de ti, “intelectual”...
Você gosta é de fazer rapapé
Você é muito inteligente
Da humanidade, você é um mundé.

Tchau!!... Marmota!...
Já vou!!... Fui!!.. Inté...
O que tu gosta
É de fazer aranzé
Sabe o que tu merece?
Uma surra de boldrié.

Antônio Gonçalves da Silva
No repente foi javé
Descreveu seu povo, o nordeste, o Ceará
Assim como descreve sua tribo um pajé
Viva! A vaca estrela e o boi fubá.
Viva! O menestrel, Patativa do assaré.

Francisco Batista Pantera- Professor, jornalista, Poeta e Secretário de organização do PCdoB /RO.