Euro Tourinho, o Diretor: Decano do jornalismo rondoniense e um dos homens mais respeitados no Estado pela sua trajetória à frente do centenário Alto Madeira, que ele exibe com merecido orgulho

O Alto Madeira, um dos jornais mais antigos do Brasil, fundado em 1917, no auge da Primeira Guerra Mundial, encerrará definitivamente suas atividades no próximo dia 30 de setembro. Sua última edição, a de número 28.347, circulará em 1º de outubro próximo.

Centenário, o jornal que registrou a história de Porto Velho e de Rondônia será descontinuado por razões de ordem econômica, como informa sua diretoria.

Comandado pela família Tourinho (Luiz Malheiros Tourinho, recém-falecido, e Euro Tourinho), o jornal, hoje sob a direção da herdeira Liz Maria Tourinho, foi adquirido pelo Grupo Tourinho  dos Diários Associados, do lendário Assis Chateaubriand Bandeira de Melo, o Chatô, que montou um conglomerado de empresas que incluía centenas de veículos de comunicação Brasil afora, entre eles, o Alto Madeira.

Ao completar 100 anos em abril deste ano, o jornal e seus diretores foram alvos de uma série de homenagens, merecendo uma sessão especial na Assembleia Legislativa para lembrar sua trajetória de luta em defesa de Rondônia e de seu povo.

Vivendo problemas econômicos desde a década de 90, o jornal sobreviveu, em grande parte, graças à persistência do jornalista Euro Tourinho, cujo nome e  a história se confundem  com a trajetória do jornal.

*Pelo Alto Madeira passaram várias gerações de jornalistas, colaboradores e outros profissionais,  como Ivan Marrocos, Adelice de Castro Lima, Paulo Correia, William Jorge Heron, Marcos Antéro Soter, João Tavares, Lúcio Albuquerque, Carlos Neves, Nonato Cruz, Paulo Caldas, Gessi Taborda, Rubens Coutinho, Sued Pinheiro, Rubens Nascimento, Rodrigo Pacheco, Alice Thomaz, Roselice Monteiro Pinto, Manoel Miguel, Pedro Torres, Vinicius Danin, Simeão Taverenard,  Josias de Macedo, Ciro Pinheiro, Edmar Mota Davis, o PP; João Alberto, o Juanito;Selmo Vasconcellos ,  José Ailton Ferreira, o Bahia;   Nelson Tawnes de Castro, entre outras centenas de talentosos profissionais de comunicação que tiveram o privilégio de atuar numa verdadeira escola de jornalismo, onde se destacaram mestres como o próprio Euro Tourinho,  os jornalistas Lúcio Albuquerque, Ivan Marrocos, Vinicius Danin e Paulo Correia, a quem toda uma geração é devedora pelo muito que recebeu em termos de conhecimento, ética, técnica jornalística e, sobretudo, pelo amor à profissão.

*Quem lembrar nomes  omitidos por lapso de memória do repórter, favor comunicar pelo nosso sistema de comentário para inclusão no texto.