Globo quis intimidar Glenn e se deu mal
O volume de notícias que desmascaram Moro e Dallagnol é tal que a gente até se perde
O volume de notícias que desmascaram Moro e Dallagnol é tal que a gente até se perde.
Neste momento, o governo Bolsonaro é uma ilha da fantasia e a Rede Globo é a produção do Truman Show (filme de 1998).
Somos todos Truman neste momento. 210 milhões de Trumans, dopados durante 55 anos pelo mais pusilânime veículo de comunicação da história deste país.
Mas não somos o Truman idiota do início do filme. Somos o Truman irado e motivado da sequência final.
Sim, o filme Globo-Brasil Show vai chegando ao seu fim, depois de meio século de mentiras, domesticação, sonegação, enriquecimento ilícito, bônus de volume, cartelização, apropriação indébita de toda a cultura nacional, do futebol, da energia criativa, das pulsões de liberdade e da soberania intelectual de todos os brasileiros.
A Lava Jato foi o canto da sereia para a Globo. A emissora se encantou com a hipótese de varrer Lula e o PT através de um Ministério Público aparelhado e deslumbrado com a fama.
Era o coquetel promíscuo perfeito: vaidade de um lado, oportunismo carniceiro de outro.
Para a nossa sorte, esse canto da sereia amarrou a Globo junto da própria tipologia do crime: não existe lawfare sem colaboração da imprensa, já disse o jornalista americano que não tem medo da Globo, Glenn Greenwald.
Claro: há possivelmente a colaboração de Cia, de FBI, dos sub escalões que fazem o serviço sujo do governo americano, com espionagens, chantagens e seduções especiais para a elite tosca brasileira que sonha em fraudar uma pós-graduação em Harvard.
Mas o estrago no imaginário que engloba a maior emissora de Televisão do país é bem mais interessante - e libertador.
A Globo é sócia dos americanos no Brasil, sempre foi. Sua estética fascista de esferas platinadas uma dentro da outra (uma devorando a outra) é apenas o sintoma do paradigma putrefato que se aninhou à nossa vocação submissa de dizer 'sim, obrigado'.
Mas esse tempo parece ter chegado ao fim. O começo do fim veio com Lula, Dilma e PT, que elevaram o país a um novo patamar de governança e soberania.
Tudo o que a Globo sempre detestou.
Com Lula e Dilma, aqueles programas assistencialistas da Rede Globo e da Fundação Roberto Marinho (Fundação de fachada como sói acontecer na máfia), Telecurso, Criança Esperança e congêneres, somados à habitual esmola indigesta de migalhas para participantes de programa de auditório de quinta categoria, perderam sua eficácia diversionista.
Era muita audácia um país afrontar a mega empresa que esfola e concentra toda a receita de publicidade no Brasil há meio século para dar dignidade à população brasileira.
A Globo nos corroeu o cérebro durante décadas. Apoiou a ditadura sangrenta. Impôs-nos três novelas diárias (mais de três horas diárias da força de trabalho aniquiladas em frente a uma tela de TV) à fórceps - porque não havia concorrência e a concorrência era esmagada pelo viés miliciano da empresa 'marinha'.
Esse sequestro, esse câncer, essa maldição que interrompeu a vida de um país inteiro está prestes a ser, finalmente, superada, surpreendentemente por duas apostas erradas.
Uma, a de se associar à própria Lava Jato, desovando vazamentos e articulando 'timings' da operação, com seu jornalismo de milícia.
A outra é a intimidação a Glenn Greenwald.
A Globo ficou muito mal acostumada. Ela sempre passou o rolo compressor por cima de quem lhe apontasse o dedo.
Mas dessa vez, é diferente. Glenn não representa o estereótipo de brasileiro construído pela Globo, acostumado a baixar a cabeça e enfiar o rabo entre as pernas.
O The Intercept faz jornalismo, coisa a Rede Globo jamais fez em toda a sua história.
Aliás, com raras exceções, é possível dizer que o Brasil foi, finalmente apresentado para o que se costumou chamar de 'jornalismo'.
O fim da Lava Jato é também o fim da Rede Globo tal qual a conhecemos um dia.
As tecnologias mudaram, as expectativas mudaram, o Brasil mudou - ainda que muitos não queiram ver isso.
Superar Moro e Dallagnol como capítulos tenebrosos de nossa história recente não se compara a superar a Rede Globo como capítulo horripilante de nossa história de sempre.
Sem Globo e aparelhamento do Ministério Público, o Brasil pode voltar a ser o melhor país do mundo. E pode, finalmente, ser a potência econômica cuja vocação sempre nos foi familiar.
Poderemos ter uma indústria cultural livre, inovadora, impetuosa e insinuante, que afugente de maneira permanente a cadela do fascismo que está sempre no cio.
Enfim, a profusão de informações que agora nos é apresentada em formato homeopático pela The Intercept nos devolve o 'tempo' e nos devolve a possibilidade do 'futuro'.
Foram mexer com a pessoa errada (Lula) e agora têm o que sempre mereceram: o enxovalhamento de suas memórias, de seus legados fraudulentos e de suas existências.
*Gustavo Conde é mestre em linguística pela Unicamp, colunista do 247 e apresentador do Programa Pocket Show da Resistência Democrática pela TV 247.
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