5 alimentos que a ciência já comprovou que fazem mal

Salgadinho de pacote, bolacha recheada, refrigerante, embutidos, macarrão instantâneo. Porque insistimos em comer alimentos que sabemos que fazem mal?

MINISTÉRIO DA SAÚDE
Publicada em 20 de outubro de 2018 às 09:45
5 alimentos que a ciência já comprovou que fazem mal

De baixo custo e fácil acesso, os produtos ultraprocessados são consumidos por muitos brasileiros mesmo a ciência já tendo provado as consequências negativas para a saúde, como o favorecimento de doenças do coração, vários tipos de câncer, obesidade e outras doenças crônicas.

O Relatório da Organização Mundial da Saúde “Alimentos e bebidas ultraprocessados na América Latina: tendências, efeito na obesidade e implicações para políticas públicas” destaca que os ultraprocessados são a provável principal causa alimentar para o aumento de peso e de doenças crônicas em diferentes regiões do mundo. E isso é cada vez mais reconhecido por pesquisadores em nutrição e saúde pública.

Os males provocados pelos ultraprocessados também são conhecidos dos especialistas em tecnologia de alimentos e executivos da indústria – embora a publicidade insista em veicular informações incorretas ou incompletas sobre esses produtos, atingindo sobretudo crianças e jovens. Com baixa qualidade nutricional, mas equivocadamente vistos como sendo saudáveis, são normalmente muito saborosos, por isso podem ser consumidos em excesso e causar dependência.

“A ideia que a publicidade passa de serem produtos mais práticos e saudáveis influencia bastante na escolha do público. Sem as informações corretas, muitas pessoas acreditam que estão comendo produtos de qualidade, que podem fazer bem”, afirma a nutricionista Lívia Bacharini Lima. “Devemos conscientizar a população sobre os riscos de uma alimentação não saudável, o que inclui diminuir e evitar os ultraprocessados”, salienta.

In natura, processados, ultraprocessados: conheça os tipos de alimento

5 alimentos que fazem mal à saúde

Para ajudá-lo a assimilar de vez os malefícios dos ultraprocessados, o Saúde Brasil reuniu cinco alimentos que trazem em sua formulação aditivos como conservantes, estabilizantes, corantes, edulcorantes e aromatizantes, além do excesso de ingredientes como gordura vegetal hidrogenada, açúcar e sódio. Conheça os males e consequências negativas para a saúde associados ao consumo excessivo de:

Salgadinhos de pacote

Salgadinhos de pacote geralmente são ricos em gorduras do tipo vegetal hidrogenada (gordura trans). Embora seja feita a partir de óleos vegetais, a gordura trans é tão ou mais prejudicial à saúde que as gorduras saturadas. Também contém muito sódio, o que os torna mais palatáveis e atrativos. Entretanto, seu consumo habitual e contínuo traz riscos para a saúde, favorecendo a incidência de doenças do coração e obesidade.

Bolacha recheada

Bolachas doces ou recheadas são ricas em açúcar simples. O açúcar é utilizado para adoçar e preservar alimentos e bebidas industrializados (processados e ultraprocessados), mas não é necessário ao organismo humano, pois a energia que fornece pode ser facilmente adquirida pelos grupos de alimentos fonte de carboidratos complexos (amidos). Mas o ser humano, desde que nasce, tem preferência por alimentos com sabor doce, o que explica o grande consumo e predileção por eles. Biscoitos recheados também são ricos em gorduras, em geral do tipo trans, o que agrega ainda mais risco ao consumo exagerado e contínuo.

Embutidos

Produtos derivados de carne, como nuggets, hambúrguer, salsicha, salame, linguiça, presunto, mortadela e peito de peru, possuem quantidades elevadas de gordura saturada e sódio, devendo ser evitados. Geralmente de baixo custo e longa duração, são práticos e tendem a ser preferidos quando não há a informação adequada sobre o risco de sua ingestão habitual. O consumo elevado de embutidos é considerado fator de risco para várias doenças, além de prejudicar a saúde global, uma vez que são alimentos de baixa qualidade nutricional.

Refrigerante

São bebidas industrializadas adoçadas que possuem quantidades elevadas de açúcar e baixo teor de nutrientes importantes para a manutenção da saúde. O consumo excessivo de refrigerante aumenta o risco de doenças como obesidade, hipertensão arterial, diabetes e doenças do coração. Em substituição a esses produtos, é aconselhável o consumo de frutas in natura.

Macarrão instantâneo

Conferindo o rótulo de um Miojo de 85g, encontramos mais de 30 ingredientes, a maioria deles aditivos químicos. “Costumo dizer que se um produto tem muitos nomes estranhos que não reconhecemos quando lemos, não pode ser considerado um alimento. Então é preciso evitar o consumo excessivo desse tipo de produto e valorizar a comida de verdade, em que reconhecemos os alimentos e ingredientes. Vamos descascar mais e desempacotar menos”, instrui a nutricionista Lívia Bacharini.

Como trocar ultraprocessados por alimentos in natura?

A regra de ouro para uma alimentação adequada e saudável, de acordo com o Guia alimentar para a população brasileira, é clara: “prefira sempre alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias a alimentos ultraprocessados”.  Ou seja:

  • Opte por água, leite e frutas no lugar de refrigerantes, bebidas lácteas e biscoitos recheados.
  • Prefira a comida feita na hora (caldos, sopas, saladas, molhos, arroz e feijão, macarronada, refogados de legumes e verduras, farofas, tortas).
  • Evite produtos que dispensam preparação culinária (macarrão instantâneo, sopas e salgadinhos de pacote, pratos congelados prontos para aquecer, sanduíches, frios e embutidos, molhos industrializados).
  • Fique com as sobremesas caseiras, dispensando as industrializadas.

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