90% dos casos de câncer de mama são percebidos pelas próprias mulheres, afirma médico da Unifesp
O oncologista Ramon de Mello ressalta a importância da prevenção
As próprias mulheres reconhecem, em 90% dos casos de câncer de mama, alguma manifestação do tumor, que pode apresentar nódulos fixos e geralmente indolores. Em outras pacientes, a pele da mama pode ficar avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja. “O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento. Mesmo para as mulheres sem histórico familiar ou sem outros riscos, o check up deve ser realizado periodicamente”, esclarece Ramon Andrade de Mello, médico oncologista, professor da disciplina de oncologia clínica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), da Uninove e da Escola de Medicina da Universidade do Algarve (Portugal).
O Ministério da Saúde recomenda a oferta de mamografia para mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos. Independentemente da existência ou não de sintomas suspeitos, o exame deve ser realizado. O médico explica que para algumas pacientes é indicado um programa de rastreio, que também ajuda na prevenção da doença.
O oncologista esclarece que algumas mulheres também podem apresentar alterações no bico do peito, pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço: “O aparecimento de líquido anormal saindo dos mamilos também precisa ser investigado pelo especialista”.
Riscos
De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos. Entre os fatores de risco, estão o consumo de bebida alcoólica, obesidade e sobrepeso após a menopausa. “A prática de atividade física frequente reduz a possibilidade de ocorrência do tumor”, orienta Ramon de Mello.
Além dos fatores genéticos, o uso prolongado de contraceptivos hormonais e a reposição hormonal pós-menopausa também podem aumentar os fatores de riscos da doença.
Sobre Ramon Andrade de Mello
Oncologista clínico e professor adjunto de Oncologia Clínica da Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ramon Andrade de Mello tem pós-doutorado em Pesquisa Clínica no Royal Marsden NHS Foundation Trust (Inglaterra) e doutorado (PhD) em Oncologia Molecular pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal).
O médico tem título de especialista em Oncologia Clínica, Ministério da Saúde de Portugal e Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO). Além disso, Ramon tem título de Fellow of the American College of Physician (EUA) e é Coordenador Nacional de Oncologia Clínica da Sociedade Brasileira de Cancerologia, membro da Royal Society of Medicine, London, UK, do Comitê Educacional de Tumores Gastrointestinal (ESMO GI Faculty) da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (European Society for Medical Oncology – ESMO), Membro do Conselho Consultivo (Advisory Board Member) da Escola Europeia de Oncologia (European School of Oncology – ESO) e ex-membro do Comitê Educacional de Tumores do Gastrointestinal Alto (mandato 2016-2019) da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (American Society of Clinical Oncology – ASCO).
Dr. Ramon de Mello é oncologista do Hospital 9 de Julho e da High Clinic Brazil, em São Paulo, SP.
Confira mais informações sobre o tema no site https://ramondemello.com.br/
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