A população precisa ficar de olho
Aqui e ali os Tribunais de Contas estão enquadrando gestores e obrigando-os a ressarcir os cofres públicos por conta de supostas irregularidades
O Brasil continua sendo um país em que administradores públicos gerenciam mal os recursos financeiros de que dispõem para promover ações de interesse da sociedade. Isso pode ser facilmente comprovado pelas investidas dos órgãos de fiscalização. Aqui e ali os Tribunais de Contas estão enquadrando gestores e obrigando-os a ressarcir os cofres públicos por conta de supostas irregularidades.
Em Rondônia, prefeitos, ex-prefeitos, secretários e empresas, já sentiram a mão pesada do Tribunal de Contas por não prestarem contas de verbas públicas. Junto com a condenação veio à cobrança da devolução dos prejuízos causados ao erário. Os exemplos são muitos, dentre eles destacam-se construções de pontes, viadutos, escolas, postos de saúde, aquisição de veículos, medicamentos, alimentos, obras de sistema de abastecimento de água, esgoto. A lista é extensa.
Semana passada, um processo para aluguel de ambulância equipada com UTI pela Secretaria de Estado da Saúde para o combate ao novo coronavirus deu o que falar. A coisa só não se concretizou porque alguém resolveu dar com a língua nos dentes. Menos mau!
O coração - ensina a Bíblia - é enganoso, perverso, cruel. Há pessoas que não respeitam a dor do outro nem num momento como esse que estamos vivendo. Somente criaturas infelizes e espiritualmente desestabilizadas mostram-se capazes de pisar sobre os seus próprios princípios de honra, de decência, de solidariedade, de amor ao próximo e de respeito social, precipitando-se no abismo do descrédito de seus conviventes. Quem não sabe guardar fidelidade a esses e outros princípios não é um bom governante tampouco um bom cidadão, porque a cidadania subordina-se aos mais rígidos princípios morais, para buscar a realização do bem comum.
Nesses tempos de pandemia, quando a União resolveu abrir o cofre e liberar bilhões de reais para atender estados e municípios no combate ao coronavirus, não somente os órgãos de fiscalização precisam ficar de olho na compra de insumos e equipamentos, com também a sociedade, até para evitar que as águas dos escândalos se avolumem e se espalhem pelos quatro cantos do país.
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