A primeira medida da ditadura seria anular o resultado das eleições
"Um ministro da Justiça, especialmente esse, tão submisso a Bolsonaro, só redige uma minuta dessas a pedido do chefe", diz Alex Solnik
(Foto: ABR | REUTERS)
O que a minuta revela é que o golpe de estado não estava só na cabeça de Bolsonaro, nas suas palavras; estava na mesa da presidência da República. Era uma das opções.
Um ministro da Justiça, especialmente esse, tão submisso a Bolsonaro, só redige uma minuta dessas a pedido do chefe. Se a redigiu por iniciativa própria, mostrou-a ao presidente. E um presidente democrata mandaria prender o ministro que lhe propusesse algo tão indecoroso como intervir militarmente no Tribunal Superior Eleitoral.
A primeira medida, se o golpe vingasse, seria anular o resultado das eleições de 2022 pelo novo TSE, que mudaria de nome, e teria oito militares ao menos, por meio desse decreto fascista.
Tentar derrubar um presidente eleito e o estado democrático de Direito enquadra os acusados - nunca é um só - nos artigos 359 M e 359 L do Código Penal, com penas de quatro a 12 anos.
Porque quando o golpe dá certo, os golpistas fazem as leis.
Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"
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