Adelino Follador destaca situação desesperadora do setor leiteiro de Rondônia

Deputado diz que preço pago pelo litro de leite é um desrespeito ao produtor rural de Rondônia e cobra maior fiscalização nas agroindústrias

Jocenir Sérgio Santanna - ALE/RO Foto: Diego Queiroz-ALE/RO
Publicada em 07 de abril de 2021 às 09:49
Adelino Follador destaca situação desesperadora do setor leiteiro de Rondônia

O Deputado estadual Adelino Follador (DEM) usou a tribuna da Assembleia na sessão ordinária desta terça-feira (03), para manifestar o seu descontentamento com o que chamou de descaso com os produtores de leite do estado de Rondônia. De acordo com o deputado, o setor produtivo que mais emprega no estado de Rondônia está sendo muito prejudicado em função dos valores que as indústrias estão pagando pelo litro do produto.

Segundo o deputado, enquanto em outros estados, como no Rio Grande do Sul de onde ele é natural e possuiu familiares que são produtores rurais, o litro do leite é vendido atualmente aos laticínios por R$ 2,20, em Rondônia o valor está sendo pago ao produtor é R$ 1,20, pelo mesmo grupo laticínio “podendo chegar a R$ 0,80 (oitenta centavos)”, alertou o deputado.

Adelino analisa o atual momento como de situação desesperadora ao produtor rural, salientando que R$ 1,20 por litro inviabiliza a produção. “Todos os insumos de produção aumentaram de 40% a 70% enquanto o valor do litro de leite regrediu em 40%. Isso é impraticável. O produtor não dá conta de pagar a produção. Precisamos fazer alguma coisa. Precisamos fiscalizar os benefícios que o governo do estado está repassando aos laticínios e ver quem está compensando o investimento.”

Ainda de acordo com o parlamentar que possui a sua base eleitoral na região de Ariquemes, os laticínios argumentam que o leite de Rondônia não tem uma qualidade padrão, onde alguns produtores não se preocupam com a qualidade, mas que isso não é justificativa para generalizar. “Se há diferença entre a qualidade do leite entre os produtores, que se pague mais que melhor produz, quem tem mais qualidade. Isso vai fazer com que todos melhorem. O que não pode é nivelar por baixo e prejudicar toda a cadeia leiteira, que fez investimentos milionários e que estão jogando leite fora pois não compensa entregar ao preço proposto pelos laticínios.

Finalizando a sua participação no grande expediente da sessão ordinária, Adelino sugeriu ainda maior fiscalização no programa Pró-Leite, do Governo do Estado, que deveria ajudar o produtor rural, mas que não vem cumprindo com o seu papel.

“Estamos esperando a prestação de contas de 2020 do programa Pró-Leite, do governo do estado, que é um programa que não se vê o resultado final. Precisamos de uma prestação de contas para saber onde e no que estão sendo investidos esses recursos, que não estão chegando ao produtor rural”, destacou Adelino.

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