O Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) denunciou, nos últimos dias, o cenário de “inferno” em que vivem, diariamente, os funcionários do Banco do Brasil no estado, com inúmeros e sucessivos casos de agências com sistema de ar condicionado precário.

Mas nem mesmo essa denúncia, aparentemente, foi capaz de sensibilizar os altos representantes do Banco do Brasil no estado, pois na manhã desta quarta-feira (1/11), o Sindicato se viu obrigado a interditar a agência de Rolim de Moura pelas mesmas razões: é humanamente impossível trabalhar em um ambiente fechado e sem ar condicionado. É o que detalha a bancária Keli Cristina, funcionária do BB e diretora da Regional Rolim de Moura.

“O problema no sistema de ar condicionado nesta agência se arrasta por meses. Desde julho o gestor da unidade já abriu 12 ordens de serviço. A empresa terceirizada vem e faz serviço paliativo, com peças remanufaturadas (na intenção de economizar), e em poucos dias a situação se agrava novamente, e a temperatura dentro da agência chega a passar de 30 graus. No autoatendimento e corredor de abastecimento há seis aparelhos de ar condicionado, mas apenas um está funcionando corretamente. Os demais apenas ventilam. A central de ar condicionado precisa de duas peças novas para consertar, mas a empresa fez o pedido de apenas uma peça, que demorou quase 30 dias para chegar em Porto Velho, e mesmo a peça estando na capital, não tomam a atitude de vir instalar”, explicou Keli, que fechou a agência juntamente com Paulo Pereira, diretor da Regional Cacoal.

De acordo com a dirigente, o gestor da agência já tomou todas as providências possíveis para solucionar o problema, mas a Superintendência, que inúmeras vezes foi acionada pelo SEEB-RO, também está tendo dificuldades para solucionar o problema.

“Sabemos que a empresa que presta esses péssimos serviços para as agências do BB no estado foi contratada por licitação pública, ou seja, até para substituir ela por outra seria um processo extremamente burocrático e demorado. Mas ainda assim não podemos deixar de cobrar as soluções imediatas, pois enquanto sindicato, a saúde, a segurança e a dignidade dos bancários e trabalhadores do ramo financeiro de Rondônia são as nossas prioridades”, menciona Ivone Colombo, presidenta do Sindicato.