Ansiedade de 'Divertida Mente' é cada vez mais comum entre brasileiros; por que estamos adoecendo?

Brasil detém o maior índice de ansiedade do mundo, segundo dados da OMS, e tem o 3º lugar pior no índice global de saúde mental; psiquiatra da SIG comenta

Fonte: Assessoria/Crédito: Divulgação - Publicada em 20 de julho de 2024 às 12:26

Ansiedade de 'Divertida Mente' é cada vez mais comum entre brasileiros; por que estamos adoecendo?

A conscientização sobre a importância da saúde mental tem crescido não só no Brasil, mas no mundo todo. Um exemplo disso é o sucesso do filme “Divertida Mente 2”, que estreou em junho e vem fazendo grande sucesso entre crianças e adultos. A animação se passa dentro do cérebro de uma menina de 13 anos e destaca o surgimento da ansiedade na mente humana, em meio às reflexões da formação dos múltiplos sentimentos durante a adolescência.

No que diz respeito à ansiedade, o Brasil é o país com maior índice desse transtorno mental: Segundo a OMS, 9,3% dos brasileiros convivem com a doença. Além disso, temos o terceiro pior índice global de saúde mental. “É uma doença que pode ser grave, porque diminui consideravelmente a qualidade de vida das pessoas, mas é importante deixar claro que existem tratamentos”, comenta o Dr. Ariel Lipman, médico psiquiatra e diretor da SIG - Residência Terapêutica.

São diversas as causas da ansiedade, segundo o psiquiatra, desde problemas familiares até traumas passados. “Os sintomas também variam, podendo ser tanto físico quanto psíquicos, ou seja, o paciente pode ter tensão muscular, taquicardia, palpitação, dor no peito, transpiração em excesso, dor de cabeça, tontura, além de sensação de desrealização, quando o ambiente parece todo diferente, ou sensação de despersonalização, quando a pessoa parece não se reconhecer mais”, resume.

Brasileiros estão adoecendo

O estresse sem precedentes causados ainda pelo isolamento social decorrente da pandemia ainda é uma das principais explicações para o aumento no número de pessoas com transtornos mentais. “Foi uma época em que as pessoas viveram incertezas, se afastaram de amigos e familiares e nem sempre só a volta ao normal é suficiente para que a ansiedade, depressão e outros transtornos causados por isso estejam controlados. Pelo contrário, com a ausência de tratamentos efetivos, eles podem ter piorado ao longo do tempo”, explica o Dr. Lipman.

Mas não é só isso. Há ainda muitos fatores por trás do adoecimento da nossa população: desemprego, mudanças na economia e a falta de segurança pública. “São temas que diariamente aparecem nos noticiários e que até mesmo são vividos no cotidiano por essas pessoas. A pessoa passa dificuldade financeira, sai de casa com medo, vive a incerteza, é normal que isso vire uma ansiedade, um pânico, uma depressão”, complementa.

Excesso de telas

Outro ponto a se considerar é o uso excessivo de telas, que com o passar dos anos vem aumentando, podendo gerar diversos problemas ao longo do tempo, até mesmo impactando no desenvolvimento cerebral e na educação dos mais jovens.

Um estudo realizado pela Canadian Journal of Psychiatry já comprovou que o nível de ansiedade aumenta com o uso de telas. “A rede social é o pior problema dentro disso, porque pode gerar cobranças nas pessoas. Elas querem levar a vida que as pessoas levam na internet, comparam seus corpos, seus trabalhos, tudo”, opina o especialista.

Prevenção é fundamental

É sempre importante ressaltar que a prevenção é a melhor maneira de se proteger. “É o que a gente sempre indica aos pacientes, uma mudança de estila de vida com viés mais saudável, incluindo exercícios físicos, boa alimentação e bom padrão de sono. Além disso, menos ingestão de álcool e estimulantes como cafeína”, finaliza.

Sobre a Sig Fundada em 2011, no Rio de Janeiro, a Sig Residência Terapêutica, surgiu com o propósito de trazer um novo olhar em transtornos de saúde mental, com um tratamento humanizado, onde o indivíduo pode morar com conforto, manter seu tratamento em conformidade com a indicação dos profissionais implicados no seu cuidado e o apoio à família, além de ajudar na administração das tarefas do dia-a-dia inclusivo. Conta com 3 unidades, sendo duas na cidade do Rio de Janeiro e uma em São Paulo.

Ansiedade de 'Divertida Mente' é cada vez mais comum entre brasileiros; por que estamos adoecendo?

Brasil detém o maior índice de ansiedade do mundo, segundo dados da OMS, e tem o 3º lugar pior no índice global de saúde mental; psiquiatra da SIG comenta

Assessoria/Crédito: Divulgação
Publicada em 20 de julho de 2024 às 12:26
Ansiedade de 'Divertida Mente' é cada vez mais comum entre brasileiros; por que estamos adoecendo?

A conscientização sobre a importância da saúde mental tem crescido não só no Brasil, mas no mundo todo. Um exemplo disso é o sucesso do filme “Divertida Mente 2”, que estreou em junho e vem fazendo grande sucesso entre crianças e adultos. A animação se passa dentro do cérebro de uma menina de 13 anos e destaca o surgimento da ansiedade na mente humana, em meio às reflexões da formação dos múltiplos sentimentos durante a adolescência.

No que diz respeito à ansiedade, o Brasil é o país com maior índice desse transtorno mental: Segundo a OMS, 9,3% dos brasileiros convivem com a doença. Além disso, temos o terceiro pior índice global de saúde mental. “É uma doença que pode ser grave, porque diminui consideravelmente a qualidade de vida das pessoas, mas é importante deixar claro que existem tratamentos”, comenta o Dr. Ariel Lipman, médico psiquiatra e diretor da SIG - Residência Terapêutica.

São diversas as causas da ansiedade, segundo o psiquiatra, desde problemas familiares até traumas passados. “Os sintomas também variam, podendo ser tanto físico quanto psíquicos, ou seja, o paciente pode ter tensão muscular, taquicardia, palpitação, dor no peito, transpiração em excesso, dor de cabeça, tontura, além de sensação de desrealização, quando o ambiente parece todo diferente, ou sensação de despersonalização, quando a pessoa parece não se reconhecer mais”, resume.

Brasileiros estão adoecendo

O estresse sem precedentes causados ainda pelo isolamento social decorrente da pandemia ainda é uma das principais explicações para o aumento no número de pessoas com transtornos mentais. “Foi uma época em que as pessoas viveram incertezas, se afastaram de amigos e familiares e nem sempre só a volta ao normal é suficiente para que a ansiedade, depressão e outros transtornos causados por isso estejam controlados. Pelo contrário, com a ausência de tratamentos efetivos, eles podem ter piorado ao longo do tempo”, explica o Dr. Lipman.

Mas não é só isso. Há ainda muitos fatores por trás do adoecimento da nossa população: desemprego, mudanças na economia e a falta de segurança pública. “São temas que diariamente aparecem nos noticiários e que até mesmo são vividos no cotidiano por essas pessoas. A pessoa passa dificuldade financeira, sai de casa com medo, vive a incerteza, é normal que isso vire uma ansiedade, um pânico, uma depressão”, complementa.

Excesso de telas

Outro ponto a se considerar é o uso excessivo de telas, que com o passar dos anos vem aumentando, podendo gerar diversos problemas ao longo do tempo, até mesmo impactando no desenvolvimento cerebral e na educação dos mais jovens.

Um estudo realizado pela Canadian Journal of Psychiatry já comprovou que o nível de ansiedade aumenta com o uso de telas. “A rede social é o pior problema dentro disso, porque pode gerar cobranças nas pessoas. Elas querem levar a vida que as pessoas levam na internet, comparam seus corpos, seus trabalhos, tudo”, opina o especialista.

Prevenção é fundamental

É sempre importante ressaltar que a prevenção é a melhor maneira de se proteger. “É o que a gente sempre indica aos pacientes, uma mudança de estila de vida com viés mais saudável, incluindo exercícios físicos, boa alimentação e bom padrão de sono. Além disso, menos ingestão de álcool e estimulantes como cafeína”, finaliza.

Sobre a Sig Fundada em 2011, no Rio de Janeiro, a Sig Residência Terapêutica, surgiu com o propósito de trazer um novo olhar em transtornos de saúde mental, com um tratamento humanizado, onde o indivíduo pode morar com conforto, manter seu tratamento em conformidade com a indicação dos profissionais implicados no seu cuidado e o apoio à família, além de ajudar na administração das tarefas do dia-a-dia inclusivo. Conta com 3 unidades, sendo duas na cidade do Rio de Janeiro e uma em São Paulo.

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