Após apelos, Renan Calheiros inclui o nome do governador do Amazonas entre os pedidos de indiciamentos

Inclusão de Wilson Lima foi feita após o senador Eduardo Braga ameaçar não votar de forma favorável ao relatório final caso o governador, Wilson Lima, não constasse da lista de indiciados em função do colapso do sistema de saúde estadual durante a pandemia

Brasil 247
Publicada em 26 de outubro de 2021 às 12:48
Após apelos, Renan Calheiros inclui o nome do governador do Amazonas entre os pedidos de indiciamentos

Renan Calheiros e Wilson Lima (Foto: Pedro França/Agência Senado | Secom)

247 - O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), cedeu à pressão do senador Eduardo Braga (MDB-AM), que ameaçava não votar de forma favorável ao relatório final do colegiado, e incluiu o nome do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), como passível de indiciamento pelos órgãos competentes devido a sua atuação no enfrentamento à pandemia e do colapso do sistema de saúde local. O ex-secretário de Saúde do estado, Marcellus Campelo, também foi incluído no rol de indiciados. Com isso, Lima passa a ser o único governador a ter o nome listado entre os indiciados pela CPI. 

Ao saber da pressão, o gestor estadual usou as redes sociais para qualificar como “ameaça” a inclusão do seu nome como sugerido por Eduardo Braga e que o parlamentar tem interesse eleitoral, já que é pré-candidato ao governo do Amazonas nas eleições de 2022. Com isso, Lima passa a ser o único governador a constar entre os indiciados pela CPI da Covid. 

“Eduardo Braga está agindo da forma que os amazonenses já conhecem. À base de AMEAÇA para incluir meu nome no relatório da CPI, prometendo não votar caso não consiga o que quer. Ele quer incluir meu nome no relatório final - mesmo sabendo que não fui sequer investigado pela CPI”, escreveu Wilson Lima no Twitter. 

Em outra postagem, o governador destacou que o interesse de Eduardo Braga “visa exclusivamente às eleições de 2022 e a razão da vida dele é tentar sabotar o meu governo, que vem fazendo mais em dois anos do que ele em 8. Deixa o trabalho falar, senador, e pare de picuinha”.

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