Após Biden criticar queimadas na Amazônia, Bolsonaro fala em militarizar a região

Após o candidato democrata à Presidência dos EUA, Joe Biden, ameaçar impor sanções econômicas ao Brasil em razão de queimadas na Amazônia, Jair Bolsonaro disse que é preciso “dissuadir” o interesse internacional pela região com Forças Armadas preparadas

Brasil 247
Publicada em 02 de outubro de 2020 às 11:05
Após Biden criticar queimadas na Amazônia, Bolsonaro fala em militarizar a região

Joe Biden e Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação)

Ricardo Brito, Reuters - O presidente Jair Bolsonaro contestou novamente nesta quinta-feira a ameaça feita pelo candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, de impor sanções econômicas ao país em razão de queimadas da Amazônia e defendeu militarizar a região para dissuadir eventuais interesses de alguns país.

No primeiro debate na corrida pela Casa Branca, na terça-feira, Biden propôs que países de todo mundo se reúnam para fornecer 20 bilhões de dólares para a preservação da Amazônia e disse que o Brasil enfrentará “consequências econômicas significativas”, se ele for eleito, caso o país não pare a destruição da floresta.

“A gente lamenta porque, depois de anos de uma certa animosidade, com um trabalho do Itamaraty não muito profícuo, pessoal de esquerda acusando os Estados Unidos dos problemas internos aqui do Brasil, nós restabelecemos essa diplomacia em sua plenitude com o (Donald) Trump”, disse Bolsonaro em sua live semanal nas redes sociais.

“Então o Biden, não sei se para ganhar voto --agora vi já um vídeo de um comentarista dos números que falava no debate não batia coisa com coisa, falava absurdos--, ele querendo aí, o Biden parece que romper o relacionamento do Brasil por causa da Amazônia”, emendou o presidente, na transmissão.

Bolsonaro disse saber que alguns países do mundo têm interesse na Amazônia e é preciso “dissuadir” isso com Forças Armadas preparadas. Ele reclamou do fato de, segundo ele, as Forças Armadas no país terem sido sucateadas nos últimos 20 anos.

“Temos que tratar a questão das Forças Armadas com carinho”, disse.

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