Assembleia oficializa CPI da Energisa e começa seus trabalhos na primeira semana de outubro

A CPI foi instalada nesta quarta pela manhã na Assembleia Legislativa

Sérgio Pires
Publicada em 26 de setembro de 2019 às 10:52
Assembleia oficializa CPI da Energisa e começa seus trabalhos na primeira semana de outubro

Vai começar uma CPI que certamente dará muito o que falar. Ela envolve um dos assuntos mais complexos dos últimos tempos no Estado: a chegada da Energisa, substituindo a antiga estatal Ceron. Nos últimos dois meses, principalmente, um grande volume de reclamações contra a agora nova distribuidora de energia aos rondonienses, chegou a um nível tão intenso, que vários deputados começaram a achar que era um assunto que se precisaria investigar. Vários pronunciamentos foram feitos, em cima dos protestos de consumidores, até que o deputado Alex Redano, do Republicanos de Ariquemes, propôs a criação de uma CPI, aprovada por unanimidade na ALE. O próprio Alex Redano foi eleito residente da CPI, agora oficializada. Ismael Crispim, do PSB é o vice. Mas o cargo mais importante, o de relator da CPI da Energisa, ficou com o deputado  Jair Montes, hoje presidente regional de um novo partido, o Avante, já ele deixou o PTC pelo qual foi eleito. Participam como membros os deputados Cirone Deiró (Podemos), Edson Martins (MDB), Adelino Follador (DEM) como 1º suplente e Adailton Fúria (PSD) o 2º suplente.

A CPI foi instalada nesta quarta pela manhã na Assembleia Legislativa. No dia anterior, ao autorizar a formação da Comissão, o presidente da ALE, Laerte Gomes, já havia feito duras críticas à empresa, alegando desrespeito com a população. Há duas vertentes principais na abordagem que a CPI pretende priorizar: o aumento exagerado nas contas de luz nos últimos meses e as denúncias de que a nova empresa de distribuição de energia no Estado estaria fazendo cortes de energia fora dos parâmetros legais. Numa CPI, é sempre o relator o nome mais destacado, porque é quem pauta os depoimentos e convoca quem dela vai participar. Será de responsabilidade dele, também, o relatório final sobre os resultados do que for apurado. A primeira reunião já foi agendada por Montes para a primeira quinta-feira de outubro, dia 3 próximo, às 15 horas.  A CPI não tem poder de punição, mas pode encaminhar às autoridades do Ministério Público e Judiciário, conclusões que possam abrir caminho a processos  no futuro.  O que se espera é que seja uma investigação séria e profunda, que ouça os protestos da população, mas que também proporcione a Energisa todas as oportunidades de explicar seu trabalho e suas ações. Que os interesses políticos e nem os eleitorais tenha espaço e que o alvo principal seja a busca de solucionar os problemas que estão angustiando o consumidor  rondoniense. Que precisa sim da Energisa e do seu serviço, mas que precisa ser respeitado em todos os seus direitos. Que o bom senso guie a CPI e que ela priorize sempre o interesse público.

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