Atirador mata quatro pessoas na Catedral de Campinas e se suicida

Atirador de Campinas trabalhou como auxiliar da Promotoria de SP.

Agência Brasil
Publicada em 12 de dezembro de 2018 às 03:01
Atirador mata quatro pessoas na Catedral de Campinas e se suicida

Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos, é o autor dos disparos na Catedral Metropolitana de Campinas - Eliane Gonçalves/Rádio Nacional

Um homem identificado como Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos, matou quatro pessoas, na tarde desta terça-feira (11), na Catedral Metropolitana de Campinas, e deixou outras feridas. Em seguida, o atirador se matou.

Segundo a Polícia Militar, o incidente ocorreu às 13h25 na catedral, localizada na Rua 13 de Maio, no centro da cidade.

 De acordo com relatos, ele  invadiu a igreja, atirou contra as pessoas e se matou. Ainda não se sabe a motivação.

Em nota postada no Facebook, a Arquiodiocese de Campinas informou que a catedral permanecerá fechada para atendimento das vítimas e a investigação da polícia.

“Contamos com as orações de todos neste momento de profunda dor”, diz o texto.

Atendimento às vítimas

Assim que soube do incidente, a prefeitura mobilizou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a Rede Mário Gatti, a Guarda Municipal e a Empresa de Desenvolvimento Municipal de Campinas (Emdec) para assistência às vítimas do ataque ocorrido na catedral. A prioridade no momento é dar total atenção aos feridos e à família das vítimas.

As informações, até agora, são de que um homem, de cerca de 30 anos, entrou na catedral por volta das 13h de hoje. Ele matou quatro pessoas e se matou.

Quatro pessoas estão feridas – duas foram levadas para o Hospital Municipal Mário Gatti, uma para o Hospital de Clínicas da Unicamp e outra para o Hospital da Beneficência Portuguesa.

O prefeito Jonas Donizette disse que está "estarrecido" com o brutal crime e que dedica suas orações às vítimas e suas famílias. A prefeitura continuará mobilizada acompanhando os acontecimentos.

Atirador de Campinas trabalhou como auxiliar da Promotoria de SP

 A Polícia Civil informou que Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos, é o autor dos disparos na Catedral Metropolitana de Campinas. Ele era morador de Valinhos, cidade vizinha a Campinas.

Euler foi servidor concursado do Ministério Público do Estado de São Paulo, atuando como auxiliar de Promotoria I, na Comarca de Carapicuíba, região metropolitana de São Paulo. O Ministério Público de São Paulo informou que ele pediu exoneração do cargo em 3 de julho de 2014. O perfil de Euler em uma rede social, sem postagens, informa que ele estudou no Colégio Técnico da Unicamp e na Unip, em Campinas.

O delegado José Henrique Ventura, que acompanha as investigações do caso, informou que Euler Fernando Grandolpho não tem antecedentes criminais. “A profissão, ao que parece, é analista de sistemas. É uma pessoa fora de qualquer suspeita em circunstâncias normais. Agora, com a identificação, nós vamos investigar a motivação”, apontou.

A carteira de habilitação do atirador foi encontrada em uma mochila dentro da igreja. Ventura informou que será feita uma diligência à casa de Grandolpho para buscar informações que possam levar ao esclarecimento do crime. “Vamos fazer um levantamento da casa, de quem mora, se é casado. Os dados para saber os antecedentes antes dele chegar a Campinas”, explicou.

Investigações preliminares apontam que Grandolpho não conhecia as vítimas. “Estamos agora identificando as vítimas, porque o que nos interessava primeiro era saber quem era o atirador”, apontou o delegado.

As imagens de câmeras de segurança mostram que o atirador entrou na igreja, sentou em um dos bancos e começou a atirar em pessoas que estavam atrás dele. Ele tinha uma pistola e quatro carregadores. “Usou dois carregadores e tinha dois cheios com 22 cápsulas”, disse Ventura. Antes de se matar, o atirador foi atingido pela polícia.

Testemunha

O aposentado Pedro Rodrigues, 66 anos, estava em um dos últimos bancos da igreja quando o atirador abriu fogo. “Eu peguei o final da missa, sentei, mais ou menos depois de 5 minutos que tinha terminado a celebração. Começou a chegar as pessoas para fazer as ações individuais e de repente percebi que no meio um rapaz se levantou, se posicionou em frente a um casal e começou a atirar à queima roupa. Eu vi dois tiros”, contou. Rodrigues correu para fora da igreja e continuou a ouvir disparos. “Eu escutei mais ou menos 15 disparos”.

O tiroteio ocorreu por volta das 13h25, segundo informações da Polícia Militar. Quatro pessoas morreram no local. Ainda não se sabe a motivação do crime.

Feridos

Um homem de 84 anos, que foi atingido no tórax e no abdômen, passou por cirurgia no Hospital Municipal Doutor Mário Gatti e agora está na Unidade de Terapia Intensiva. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, o estado de saúde dele é grave. Uma mulher de 65 anos foi levada para a mesma unidade, permanece em observação, mas o estado dela é estável. Ela foi ferida no tórax, na mão e teve uma fratura na clavícula.

As outras duas pessoas baleadas foram levadas para o Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e para o Hospital Beneficência Portuguesa de Campinas.

Temer e Bolsonaro lamentam tragédia em Campinas

O presidente Michel Temer se disse “profundamente abalado” com a chacina ocorrida hoje na Catedral Metropolitana de Campinas. Pelo Twitter, Temer prestou condolências às famílias dos mortos e desejou que os feridos se recuperem.

“Profundamente abalado pela notícia desse crime cometido dentro da Catedral de Campinas, apresento minhas condolências aos familiares das vítimas. E rezo para que os feridos tenham rápida recuperação”, disse o presidente pela rede social.

Policiais cercam Catedral Metropolitana de Campinas após chacina que matou pelo menos quatro pessoas - Cortesia Diario Correio/EFE/direitos reservados

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, também se manifestou pelo Twitter. Ele disse que está acompanhando a apuração do crime e também prestou solidariedade. “Estamos acompanhando a apuração das autoridades sobre o crime bárbaro cometido hoje na Catedral Metropolitana de Campinas, em São Paulo. Nossos votos de solidariedade às vítimas dessa tragédia e aos familiares”, disse Bolsonaro.

Crime

No início da tarde de hoje, Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos, entrou na Catedral Metropolitana de Campinas e disparou mais de 20 vezes dentro do local. Em seguida, se matou. Quatro pessoas morreram e outras quatro ficaram feridas. A polícia ainda fará uma diligência na casa de Grandolpho para buscar informações que possam levar ao esclarecimento do crime.

Jungmann coloca PF à disposição para apuração de caso de Campinas

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, informou hoje (11) colocou a Polícia Federal à disposição do governo de São Paulo para ajudar na investigação do caso de Campinas, em que um homem abriu fogo na Catedral da cidade e matou quatro pessoas. Jungmann conversou com o secretário estadual de Segurança, Mágino Alves Barbosa Filho, logo após saber do caso. 

“Em síntese, estamos absolutamente disponíveis para colaborar e apoiar no esclarecimento deste caso, desta tragédia que aconteceu lá”, informou Jungmann, durante uma coletiva no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no centro do Rio, acrescentando que o secretário informou que o atirador parece ser uma pessoa desequilibrada. 

 A Polícia Civil informou que Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos, é o autor dos disparos na Catedral Metropolitana de Campinas. Ele era morador de Valinhos, cidade vizinha a Campinas. As imagens de câmeras de segurança mostram que o atirador entrou na igreja, sentou em um dos bancos e começou a atirar em pessoas que estavam atrás dele. Ele tinha uma pistola e quatro carregadores. Antes de se matar, ele foi atingido pela polícia. A motivação do crime é desconhecida. 

"Ninguém pôde fazer nada; foram mais de 20 tiros", conta padre

O padre Amaury Thomazzi, que celebrava a missa na hora em que o atirador Euler Grandolpho entrou na Catedral de Campinas, usou uma rede social para gravar, nesta tarde, um vídeo e divulgar o que aconteceu. “Para os amigos que estão pedindo algumas informações, estou mandando esta mensagem apenas para dizer que está tudo bem aqui na catedral. Eu rezei a missa do meio dia e quinze, e, no final da missa, uma pessoa entrou atirando e fez algumas vítimas. Ninguém pode fazer nada, ajudar de forma nenhuma", relatou, com a voz embargada.

O religioso pediu orações em favor de todos, a começar pelo atirador, que cometeu suicídio após matar quatro fiéis e ferir outros quatro. "Peço apenas que rezem pela pessoa. Ele se matou depois da situação, ele atirou nas pessoas; foram mais de 20 tiros aqui dentro, e depois ele se matou. Então, rezemos por ele, e por aqueles que foram feridos. Tem pessoas que são vítimas fatais. Peçamos a Nossa Senhora Imaculada que interceda por esta catedral, por estas pessoas, por estas famílias", enumera o padre.

Thomazzi afirmou ainda não saber como ficará a programação da igreja nos próximos dias - o lugar está interditado para perícias. Fotos não oficiais mostram o atirador ferido com um tiro na cabeça, e o corpo apoiado numa pilastra de madeira.

O delegado José Henrique Ventura, que acompanha as investigações, informou que Euler Fernando Grandolpho não tinha antecedentes criminais. “A profissão, ao que parece, é analista de sistemas. É uma pessoa fora de qualquer suspeita em circunstâncias normais. Agora, com a identificação, nós vamos investigar a motivação”, apontou. A Agência Brasil confirmou que Grandolpho pertenceu aos quadros do Minitstério Público de São Paulo, tendo pedido exoneração em 2014. Ele foi assistente da Promotoria em Carapicuíba, na região metropolitana de São Paulo.

A carteira de habilitação dele foi encontrada em uma mochila dentro da igreja. Ventura informou que será feita uma diligência à casa de Grandolpho, em Valinhos (SP), para buscar informações que possam levar ao esclarecimento do crime. “Vamos fazer um levantamento da casa, de quem mora, se é casado. Os dados para saber os antecedentes antes dele chegar a Campinas”, explicou.

Investigações preliminares apontam que Grandolpho não conhecia as vítimas. 

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