Benefícios ambientais do veganismo no Brasil: O poder transformador de 7% da população

Esse cenário apresenta diversos benefícios climáticos e ambientais por meio da adoção de uma alimentação baseada em vegetais

Fonte: Assessoria/Valle da Mídia - Publicada em 15 de abril de 2025 às 17:40

Segundo pesquisa Datafolha de março de 2025, encomendada pela SVB, 7% da população brasileira se considera vegana, o que corresponde a aproximadamente 14,7 milhões de pessoas. Além disso, 74% dos brasileiros concordam com a possibilidade de deixar de consumir carne. Esse cenário apresenta diversos benefícios climáticos e ambientais por meio da adoção de uma alimentação baseada em vegetais.

A produção de alimentos, especialmente os de origem animal, exerce um impacto considerável sobre o meio ambiente. Estimativas globais indicam que os sistemas alimentares são responsáveis por 34% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE). No Brasil, esse cenário é ainda mais preocupante. Um estudo de 2023 estimou que, em 2021, as emissões provenientes dos sistemas alimentares corresponderam a 73,7% das emissões brutas totais do país para o mesmo ano.

Em 2021, a mudança de uso da terra, impulsionada em grande parte pela expansão da agropecuária, representou 56,3% das emissões dos sistemas alimentares brasileiros. E, em termos gerais, a produção de carne bovina foi responsável por 78% das emissões dos sistemas alimentares no Brasil.

Além dos impactos significativos da produção de carne bovina, é crucial destacar que outras formas de produção animal também contribuem substancialmente para a crise ambiental. Conforme apontado em publicações anteriores que analisaram o impacto ambiental da produção de frangos [1] e peixes [1, 2], a transição para uma alimentação 100% à base de vegetais oferece benefícios ambientais abrangentes.

Nesse contexto, a parcela de 7% da população brasileira que se declara vegana contribui para a mitigação de inúmeros impactos ambientais ao eliminar o consumo de carne e outros produtos de origem animal de sua alimentação. Ao fazer essa escolha, os veganos reduzem a demanda por produtos cuja produção está intrinsecamente ligada a elevadas emissões de GEE, desmatamento, uso intensivo de água, poluição, perda da biodiversidade e diversos outros impactos ambientais.

Considerando que, ao evitar o consumo de produtos de origem animal por um dia, economiza-se em média 10 kg de CO2e, 22 m² de terras, 3.500 litros de água e 8 kg de grãos, podemos estimar o impacto anual gerado pelos 14,7 milhões de veganos brasileiros:

  • Emissões de CO2: Um dia sem produtos animais evita 10 kg de CO2e; portanto, 365 dias representam aproximadamente 3.650 kg (3,65 toneladas) de CO2e por pessoa por ano. Para 14,7 milhões de veganos, isso resulta em uma redução de aproximadamente 53,6 milhões de toneladas de CO2e por ano. Considerando que um carro emite aproximadamente 4,6 toneladas métricas de CO2 anualmente, isso equivale às emissões anuais de 11,6 milhões de carros de passeio.
  • Uso de terras: A economia diária de 22 m² de terras resulta em 8.030 m² anuais por pessoa. Para 14,7 milhões de veganos, a economia total é de aproximadamente 118.000 km² de terras por ano, uma área maior que o estado de Pernambuco (98.000 km²).
  • Uso de água: A economia diária de 3.500 litros resulta em 1.277.500 litros anuais por pessoa. Para 14,7 milhões de veganos, isso representa aproximadamente 18,8 bilhões de m³ de água economizados por ano. Para efeitos de comparação, o volume do Sistema Cantareira, um dos maiores conjuntos de reservatórios de água do Brasil, é de aproximadamente 1 bilhão de m³.
  • Consumo de grãos: A economia diária de 8 kg de grãos totaliza 2.920 kg anuais por pessoa. Para 14,7 milhões de veganos, isso significa uma economia de aproximadamente 42,9 milhões de toneladas de grãos por ano que poderiam ser destinados ao consumo humano direto, em vez de alimentar animais para abate.

Se considerarmos o potencial de expansão de dietas baseadas em vegetais no Brasil, visto que 74% da população brasileira concorda, em algum grau, com a possibilidade de parar de consumir carne, o impacto ambiental positivo poderia ser ainda maior com uma adesão crescente ao veganismo. O impacto anual potencial seria: redução de cerca de 568 milhões de toneladas de CO2e (mais do que as emissões da Austrália em 2024), economia de 1,25 milhões de km² de terras (equivalente à área do Pará), diminuição do consumo de água em 198,6 bilhões de metros cúbicos e economia de 454,8 milhões de toneladas de grãos. Essas mudanças nos padrões de consumo reduziriam significativamente a pressão sobre os recursos naturais utilizados na agricultura e pecuária e os impactos ambientais associados.

Esses números mostram claramente o impacto positivo que nossas escolhas podem ter no planeta. Para citar Jane Goodall, uma das maiores ativistas ambientais vivas, que completou 91 anos neste mês de abril: “Você não pode passar por um único dia sem ter impacto no mundo ao seu redor. O que você faz, faz a diferença. E você tem que decidir o tipo de diferença que deseja fazer.

Por isso, este mês, a SVB está promovendo a campanha Abril Vegano, com o intuito de incentivar as pessoas a adotar novos hábitos alimentares, reduzindo seu impacto ambiental ao substituir produtos de origem animal por alternativas vegetais. Ao escolher o veganismo, você se torna parte de uma mudança positiva que beneficia o meio ambiente, os animais e as futuras gerações. Se você faz parte dos 74% da população que cogitam a possibilidade de deixar de consumir carne, te convidamos a dar o primeiro passo participando do Abril Vegano. Junte-se aos 14,7 milhões de brasileiros que já estão fazendo a diferença!

Benefícios ambientais do veganismo no Brasil: O poder transformador de 7% da população

Esse cenário apresenta diversos benefícios climáticos e ambientais por meio da adoção de uma alimentação baseada em vegetais

Assessoria/Valle da Mídia
Publicada em 15 de abril de 2025 às 17:40

Segundo pesquisa Datafolha de março de 2025, encomendada pela SVB, 7% da população brasileira se considera vegana, o que corresponde a aproximadamente 14,7 milhões de pessoas. Além disso, 74% dos brasileiros concordam com a possibilidade de deixar de consumir carne. Esse cenário apresenta diversos benefícios climáticos e ambientais por meio da adoção de uma alimentação baseada em vegetais.

A produção de alimentos, especialmente os de origem animal, exerce um impacto considerável sobre o meio ambiente. Estimativas globais indicam que os sistemas alimentares são responsáveis por 34% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE). No Brasil, esse cenário é ainda mais preocupante. Um estudo de 2023 estimou que, em 2021, as emissões provenientes dos sistemas alimentares corresponderam a 73,7% das emissões brutas totais do país para o mesmo ano.

Em 2021, a mudança de uso da terra, impulsionada em grande parte pela expansão da agropecuária, representou 56,3% das emissões dos sistemas alimentares brasileiros. E, em termos gerais, a produção de carne bovina foi responsável por 78% das emissões dos sistemas alimentares no Brasil.

Além dos impactos significativos da produção de carne bovina, é crucial destacar que outras formas de produção animal também contribuem substancialmente para a crise ambiental. Conforme apontado em publicações anteriores que analisaram o impacto ambiental da produção de frangos [1] e peixes [1, 2], a transição para uma alimentação 100% à base de vegetais oferece benefícios ambientais abrangentes.

Nesse contexto, a parcela de 7% da população brasileira que se declara vegana contribui para a mitigação de inúmeros impactos ambientais ao eliminar o consumo de carne e outros produtos de origem animal de sua alimentação. Ao fazer essa escolha, os veganos reduzem a demanda por produtos cuja produção está intrinsecamente ligada a elevadas emissões de GEE, desmatamento, uso intensivo de água, poluição, perda da biodiversidade e diversos outros impactos ambientais.

Considerando que, ao evitar o consumo de produtos de origem animal por um dia, economiza-se em média 10 kg de CO2e, 22 m² de terras, 3.500 litros de água e 8 kg de grãos, podemos estimar o impacto anual gerado pelos 14,7 milhões de veganos brasileiros:

  • Emissões de CO2: Um dia sem produtos animais evita 10 kg de CO2e; portanto, 365 dias representam aproximadamente 3.650 kg (3,65 toneladas) de CO2e por pessoa por ano. Para 14,7 milhões de veganos, isso resulta em uma redução de aproximadamente 53,6 milhões de toneladas de CO2e por ano. Considerando que um carro emite aproximadamente 4,6 toneladas métricas de CO2 anualmente, isso equivale às emissões anuais de 11,6 milhões de carros de passeio.
  • Uso de terras: A economia diária de 22 m² de terras resulta em 8.030 m² anuais por pessoa. Para 14,7 milhões de veganos, a economia total é de aproximadamente 118.000 km² de terras por ano, uma área maior que o estado de Pernambuco (98.000 km²).
  • Uso de água: A economia diária de 3.500 litros resulta em 1.277.500 litros anuais por pessoa. Para 14,7 milhões de veganos, isso representa aproximadamente 18,8 bilhões de m³ de água economizados por ano. Para efeitos de comparação, o volume do Sistema Cantareira, um dos maiores conjuntos de reservatórios de água do Brasil, é de aproximadamente 1 bilhão de m³.
  • Consumo de grãos: A economia diária de 8 kg de grãos totaliza 2.920 kg anuais por pessoa. Para 14,7 milhões de veganos, isso significa uma economia de aproximadamente 42,9 milhões de toneladas de grãos por ano que poderiam ser destinados ao consumo humano direto, em vez de alimentar animais para abate.

Se considerarmos o potencial de expansão de dietas baseadas em vegetais no Brasil, visto que 74% da população brasileira concorda, em algum grau, com a possibilidade de parar de consumir carne, o impacto ambiental positivo poderia ser ainda maior com uma adesão crescente ao veganismo. O impacto anual potencial seria: redução de cerca de 568 milhões de toneladas de CO2e (mais do que as emissões da Austrália em 2024), economia de 1,25 milhões de km² de terras (equivalente à área do Pará), diminuição do consumo de água em 198,6 bilhões de metros cúbicos e economia de 454,8 milhões de toneladas de grãos. Essas mudanças nos padrões de consumo reduziriam significativamente a pressão sobre os recursos naturais utilizados na agricultura e pecuária e os impactos ambientais associados.

Esses números mostram claramente o impacto positivo que nossas escolhas podem ter no planeta. Para citar Jane Goodall, uma das maiores ativistas ambientais vivas, que completou 91 anos neste mês de abril: “Você não pode passar por um único dia sem ter impacto no mundo ao seu redor. O que você faz, faz a diferença. E você tem que decidir o tipo de diferença que deseja fazer.

Por isso, este mês, a SVB está promovendo a campanha Abril Vegano, com o intuito de incentivar as pessoas a adotar novos hábitos alimentares, reduzindo seu impacto ambiental ao substituir produtos de origem animal por alternativas vegetais. Ao escolher o veganismo, você se torna parte de uma mudança positiva que beneficia o meio ambiente, os animais e as futuras gerações. Se você faz parte dos 74% da população que cogitam a possibilidade de deixar de consumir carne, te convidamos a dar o primeiro passo participando do Abril Vegano. Junte-se aos 14,7 milhões de brasileiros que já estão fazendo a diferença!

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