Bolsonaro, o metalúrgico

Está claro que Bolsonaro, ao tentar se livrar da tornozeleira, fugiria logo a seguir

Fonte: Ricardo Mezavila - Publicada em 24 de novembro de 2025 às 15:43

Bolsonaro, o metalúrgico

Tornozeleira de Jair Bolsonaro (Foto: SEAP/Divulgação)

Todos já sabem que o ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso, cautelarmente, por ter violado a tornozeleira eletrônica com uma solda usada por técnicos para reparar aparelhos. O conhecido “ferro de soldar”.

Um dia antes, Flávio Bolsonaro, convocou uma vigília religiosa para o dia 22, às dezenove horas, em frente ao condomínio de Jair. A tentativa de violação da tornozeleira foi na madrugada do mesmo dia, como o ato foi marcado para a noite, tem uma incoerência: Jair ia se livrar da tornozeleira e passaria o dia todo sem ela, que é monitorada, para tentar fugir horas depois? Acho que não.

Na decisão, o Ministro Alexandre de Moraes, escreveu que a vigília teria como objetivo criar uma confusão para facilitar a fuga. Moraes abriu espaço para a narrativa e alegação de “intolerância religiosa”, já explorada por Silas Malafaia.

Está claro que Bolsonaro, ao tentar se livrar da tornozeleira, fugiria logo a seguir. Existia um plano em curso para que ele entrasse na embaixada dos EUA, ou seguiria para uma fronteira terrestre, possivelmente a Argentina, e pegaria um voo para se esconder sob às saias de Donald Trump.

Ao chegar na sede da PF, antes da audiência de custódia, Bolsonaro disse que teve curiosidade em saber como a tornozeleira funcionava e tentou abri-la, como uma criança que insere um objeto na tomada e leve um choque.

Depois, já na audiência, orientado pelos advogados, disse que teve um surto psicótico, uma ‘alucinação’, e tentou derreter a tornozeleira, mas quando voltou ao normal viu que havia cometido um erro grave.

O ex-presidente disse também que tinha curso de solda e tinha alguma noção de como usar a ferramenta. De maneira bizarra, Bolsonaro tenta sequestrar o currículo do Presidente Lula, que foi metalúrgico de fato, para passar a imagem de trabalhador.

Ao dizer que teve uma ‘alucinação’, Bolsonaro evocou o disco de estreia de Belchior, intitulado ‘Alucinação’, que foi um enorme sucesso com músicas como Apenas um rapaz latino americano, Sujeito de sorte, Velha roupa colorida, A palo seco e Não leve flores, que tem uma frase atual : “O inimigo eu já conheço, sei seu nome, sei seu rosto, residência e endereço. A voz resiste, a fala insiste, você me ouvirá. A voz resiste, a fala insiste, quem viver verá”.

Em tempo: 22 é o número do Partido Liberal, 2+2+1+1+2+5 é igual a treze e, dia 22 de novembro, é o dia do aniversário da deputada Maria do Rosário. Haja roteiro!!!

Ricardo Mezavila

Escritor, Pós-graduado em Ciência Política, com atuação nos movimentos sociais no Rio de Janeiro.

Bolsonaro, o metalúrgico

Está claro que Bolsonaro, ao tentar se livrar da tornozeleira, fugiria logo a seguir

Ricardo Mezavila
Publicada em 24 de novembro de 2025 às 15:43
Bolsonaro, o metalúrgico

Tornozeleira de Jair Bolsonaro (Foto: SEAP/Divulgação)

Todos já sabem que o ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso, cautelarmente, por ter violado a tornozeleira eletrônica com uma solda usada por técnicos para reparar aparelhos. O conhecido “ferro de soldar”.

Um dia antes, Flávio Bolsonaro, convocou uma vigília religiosa para o dia 22, às dezenove horas, em frente ao condomínio de Jair. A tentativa de violação da tornozeleira foi na madrugada do mesmo dia, como o ato foi marcado para a noite, tem uma incoerência: Jair ia se livrar da tornozeleira e passaria o dia todo sem ela, que é monitorada, para tentar fugir horas depois? Acho que não.

Na decisão, o Ministro Alexandre de Moraes, escreveu que a vigília teria como objetivo criar uma confusão para facilitar a fuga. Moraes abriu espaço para a narrativa e alegação de “intolerância religiosa”, já explorada por Silas Malafaia.

Está claro que Bolsonaro, ao tentar se livrar da tornozeleira, fugiria logo a seguir. Existia um plano em curso para que ele entrasse na embaixada dos EUA, ou seguiria para uma fronteira terrestre, possivelmente a Argentina, e pegaria um voo para se esconder sob às saias de Donald Trump.

Ao chegar na sede da PF, antes da audiência de custódia, Bolsonaro disse que teve curiosidade em saber como a tornozeleira funcionava e tentou abri-la, como uma criança que insere um objeto na tomada e leve um choque.

Depois, já na audiência, orientado pelos advogados, disse que teve um surto psicótico, uma ‘alucinação’, e tentou derreter a tornozeleira, mas quando voltou ao normal viu que havia cometido um erro grave.

O ex-presidente disse também que tinha curso de solda e tinha alguma noção de como usar a ferramenta. De maneira bizarra, Bolsonaro tenta sequestrar o currículo do Presidente Lula, que foi metalúrgico de fato, para passar a imagem de trabalhador.

Ao dizer que teve uma ‘alucinação’, Bolsonaro evocou o disco de estreia de Belchior, intitulado ‘Alucinação’, que foi um enorme sucesso com músicas como Apenas um rapaz latino americano, Sujeito de sorte, Velha roupa colorida, A palo seco e Não leve flores, que tem uma frase atual : “O inimigo eu já conheço, sei seu nome, sei seu rosto, residência e endereço. A voz resiste, a fala insiste, você me ouvirá. A voz resiste, a fala insiste, quem viver verá”.

Em tempo: 22 é o número do Partido Liberal, 2+2+1+1+2+5 é igual a treze e, dia 22 de novembro, é o dia do aniversário da deputada Maria do Rosário. Haja roteiro!!!

Ricardo Mezavila

Escritor, Pós-graduado em Ciência Política, com atuação nos movimentos sociais no Rio de Janeiro.

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