Café Paiter-Suruí: produção indígena com apoio da Funai traz benefícios sociais, ambientais e econômicos

Promover ações de etnodesenvolvimento nas aldeias considerando as tradições e culturas de cada povo indígena é uma das atribuições da Funai

Fonte: Assessoria/Funai/Foto: Lucas Vieira/Funai - Publicada em 07 de maio de 2024 às 15:52

Café Paiter-Suruí: produção indígena com apoio da Funai traz benefícios sociais, ambientais e econômicos

O povo Paiter-Suruí, da Terra Indígena (TI) Sete de Setembro, em Rondônia, é referência na produção sustentável de café. São mais de 30 mil pés da commodity plantados na  Aldeia Kabaney pela família do cacique Wilson Nakodah Suruí, conhecido como Nambú. O cultivo conta com o apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), por meio da Coordenação Regional de Cacoal, desde a preparação do solo até o escoamento da produção. O café Paiter-Suruí é reconhecido nacionalmente pela qualidade e sabor.

“Minha família e eu começamos a manusear este trabalho em meados de 2013 e até os dias de hoje tocamos esta lavoura de café. Cada ano a colheita do café inicia no final de abril e começo de maio e termina até o mês de agosto”, conta o cacique Nambú. 

Promover ações de etnodesenvolvimento nas aldeias considerando as tradições e culturas de cada povo indígena é uma das atribuições da Funai. O apoio às atividades sustentáveis visa impulsionar a geração de renda de maneira sustentável nas terras indígenas para viabilizar a autonomia dos povos e garantir segurança alimentar. Dessa forma, o órgão indigenista tem empregado recursos para fortalecer a cadeia produtiva do café robusta produzido pelos indígenas. O coordenador regional da Funai em Cacoal, Rubens Naraikoe Suruí, explica a importância do apoio. 

“As atividades desenvolvidas nas áreas de produção de cafeicultura, cacau, banana e no extrativismo de castanha nos territórios indígenas vêm se desenvolvendo de forma sustentável, com aumento da produção e da qualidade. Não tem agrotóxicos no café Paiter-Suruí. Essa produção  é fundamental porque traz benefícios sociais, econômicos e ambientais para a proteção e a preservação do território indígena, onde a Funai, através da CR de Cacoal, tem atuado diretamente dando suporte aos povos indígenas”, afirma. 

Café indígena

A relação dos indígenas Paiter-Suruí com a prática e o plantio de café começou com a homologação da TI, na década de 1980. Com o sucesso da produção e o apoio da Funai, em 2018, a produção indígena passou a ser vendida para o “Grupo 3Corações”, uma das maiores empresas de café do Brasil. O acordo prevê o aumento da produtividade com foco na qualidade do café especial sustentável.

Atualmente, mais de 350 famílias Paiter-Suruí, distribuídas entre 35 aldeias, trabalham com café na TI Sete de Setembro, com espaço para expansão. Além dos benefícios econômico-sociais às comunidades, a produção é benéfica também à sociedade, de maneira geral. Isso porque o manejo do café robusta pelos indígenas apresenta um baixo impacto ambiental. 

Para fomentar a plantação sustentável dos povos indígenas, a Funai conta a parceria da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RO), do Serviço de Aprendizagem Rural (Senar) e cooperativas indígenas, como Garah Itxa, Coopaiter e Coopsur, entre outros. 

Café Paiter-Suruí: produção indígena com apoio da Funai traz benefícios sociais, ambientais e econômicos

Promover ações de etnodesenvolvimento nas aldeias considerando as tradições e culturas de cada povo indígena é uma das atribuições da Funai

Assessoria/Funai/Foto: Lucas Vieira/Funai
Publicada em 07 de maio de 2024 às 15:52
Café Paiter-Suruí: produção indígena com apoio da Funai traz benefícios sociais, ambientais e econômicos

O povo Paiter-Suruí, da Terra Indígena (TI) Sete de Setembro, em Rondônia, é referência na produção sustentável de café. São mais de 30 mil pés da commodity plantados na  Aldeia Kabaney pela família do cacique Wilson Nakodah Suruí, conhecido como Nambú. O cultivo conta com o apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), por meio da Coordenação Regional de Cacoal, desde a preparação do solo até o escoamento da produção. O café Paiter-Suruí é reconhecido nacionalmente pela qualidade e sabor.

“Minha família e eu começamos a manusear este trabalho em meados de 2013 e até os dias de hoje tocamos esta lavoura de café. Cada ano a colheita do café inicia no final de abril e começo de maio e termina até o mês de agosto”, conta o cacique Nambú. 

Promover ações de etnodesenvolvimento nas aldeias considerando as tradições e culturas de cada povo indígena é uma das atribuições da Funai. O apoio às atividades sustentáveis visa impulsionar a geração de renda de maneira sustentável nas terras indígenas para viabilizar a autonomia dos povos e garantir segurança alimentar. Dessa forma, o órgão indigenista tem empregado recursos para fortalecer a cadeia produtiva do café robusta produzido pelos indígenas. O coordenador regional da Funai em Cacoal, Rubens Naraikoe Suruí, explica a importância do apoio. 

“As atividades desenvolvidas nas áreas de produção de cafeicultura, cacau, banana e no extrativismo de castanha nos territórios indígenas vêm se desenvolvendo de forma sustentável, com aumento da produção e da qualidade. Não tem agrotóxicos no café Paiter-Suruí. Essa produção  é fundamental porque traz benefícios sociais, econômicos e ambientais para a proteção e a preservação do território indígena, onde a Funai, através da CR de Cacoal, tem atuado diretamente dando suporte aos povos indígenas”, afirma. 

Café indígena

A relação dos indígenas Paiter-Suruí com a prática e o plantio de café começou com a homologação da TI, na década de 1980. Com o sucesso da produção e o apoio da Funai, em 2018, a produção indígena passou a ser vendida para o “Grupo 3Corações”, uma das maiores empresas de café do Brasil. O acordo prevê o aumento da produtividade com foco na qualidade do café especial sustentável.

Atualmente, mais de 350 famílias Paiter-Suruí, distribuídas entre 35 aldeias, trabalham com café na TI Sete de Setembro, com espaço para expansão. Além dos benefícios econômico-sociais às comunidades, a produção é benéfica também à sociedade, de maneira geral. Isso porque o manejo do café robusta pelos indígenas apresenta um baixo impacto ambiental. 

Para fomentar a plantação sustentável dos povos indígenas, a Funai conta a parceria da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RO), do Serviço de Aprendizagem Rural (Senar) e cooperativas indígenas, como Garah Itxa, Coopaiter e Coopsur, entre outros. 

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