Câncer do colo de útero pode atingir 17 mil mulheres entre 2023 e 2025

O Instituto Lado a Lado pela Vida alerta que a vacinação é a forma mais eficaz de reduzir o número de casos da doença no Brasil

Assessoria/Foto: Freepik
Publicada em 21 de dezembro de 2023 às 16:31
Câncer do colo de útero pode atingir 17 mil mulheres entre 2023 e 2025

O câncer por HPV (Papilomavírus Humano) é uma realidade enfrentada pela população brasileira, principalmente pelas mulheres com câncer do colo de útero. A organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que, anualmente, o carcinoma é responsável pela morte de mais 9 mil mulheres nos país. Já o Ministério da Saúde (MS) estima que entre 2023 e 2025 sejam diagnosticadas cerca de 17 mil brasileiras com o tumor. Ainda segundo o MS, cerca de 10 milhões de pessoas estão infectadas pelo vírus, no Brasil, e que o número de novos casos de infecção chegue a 700 mil por ano.

Diante deste cenário, o Instituto Lado a Lado pela Vida busca alertar a população sobre a importância da vacinação contra o HPV como a maneira mais eficaz de reduzir o número de casos. Com a campanha “Câncer por HPV: o Brasil pode ficar sem”, criada em 2021, a organização busca incentivar a imunização em crianças e adolescentes para diminuir a incidência, por exemplo, do câncer de ânus, orofaringe e pênis.

A cobertura vacinal contra o HPV, no Brasil, tem apresentado queda nos últimos anos. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2019, o percentual das meninas entre 9 e 14 anos de idade que receberam a primeira dose da vacina era de 87,08%. Em 2022, o registro foi de 75,81%. Já entre meninos, a cobertura vacinal demonstrou baixa de quase 10%. O percentual foi de 61,55%, em 2019, para 52,16%, em 2022.

“Com a iniciativa, buscamos alertar os adolescentes, igualmente meninos e meninas, um público de baixa adesão vacinal, e seus familiares sobre a necessidade da imunização, para que possamos reduzir drasticamente no Brasil a incidência dos cânceres causados por HPV, em especial o câncer de colo do útero. A ampla cobertura vacinal é fundamental para mudar o cenário da doença no país”, destaca Marlene Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida e idealizadora da campanha.

A imunização contra o HPV faz parte do calendário oficial de vacinação das crianças e adolescentes entre 9 e 14 anos. A aplicação é realizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e está disponível nas Unidades Básicas de Saúde. “A conscientização da importância da vacina contra o HPV entre os brasileiros é a chave para resolvermos os cânceres e outras doenças relacionadas a infecção. Os pais precisam levar seus filhos e filhas para tomar as doses do imunizante para que ao longo prazo os problemas sejam extinguidos no Brasil”, reforça Renato Kfouri, infectologista e membro do Comitê Científico do Instituto Lado a Lado pela Vida. O especialista recomenda a aplicação das duas doses do imunizante nos meninos e meninas dos 9 aos 14 anos de idade.

Sobre Instituto Lado a Lado Pela Vida

Fundado em 2008, o Instituto Lado a Lado pela Vida é a única organização social brasileira que se dedica simultaneamente às duas principais causas da mortalidade - o câncer e as doenças cardiovasculares - além do intenso trabalho relacionado à saúde do homem. Sua missão é mobilizar e engajar a sociedade e gestores da saúde, contribuindo para ampliar o acesso aos serviços, da prevenção ao tratamento, e mudar para valer o cenário da saúde no Brasil. Trabalha para que todos os brasileiros tenham informação e acesso à saúde digna e de qualidade, em todas as fases da vida. Além de ter criado o Novembro Azul, o Instituto Lado a Lado pela Vida é o idealizador das campanhas Respire Agosto; Siga seu Coração; Mulher Por Inteiro, Câncer por HPV: O Brasil pode ficar sem e Eu e Você Contra o Câncer.

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