Cinco mulheres pioneiras ganham o Prêmio Nansen do ACNUR por seus trabalhos sociais transformadores
Os prêmios serão apresentados em uma cerimônia em Genebra às 14h30 (horário de Brasília) no dia 14 de outubro
A brasileira Irmã Rosita é a vencedora global do Prêmio Nansen do ACNUR 2024ACNUR/Marina Calderón
Cinco mulheres pioneiras – uma religiosa, uma ativista, uma empreendedora social, uma trabalhadora humanitária voluntária e uma defensora pelo fim da apatridia – serão homenageadas como vencedoras do Prêmio Nansen do ACNUR 2024, da Agência da ONU para Refugiados.
A laureada global deste ano, Irmã Rosita Milesi, é uma irmã brasileira, advogada, ativista e formadora de movimentos sociais, que há quase 40 anos defende os direitos e a dignidade de pessoas em movimento. As outras quatro foram nomeadas vencedoras regionais.
“As mulheres muitas vezes enfrentam riscos elevados de discriminação e violência, especialmente quando são forçadas a fugir”, disse o Alto Comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi. “Mas essas cinco vencedoras mostram como as mulheres também desempenham um papel fundamental na resposta humanitária e na busca de soluções.” Grandi elogiou a dedicação delas em promover ações em suas próprias comunidades, construir apoio de base e até mesmo moldar políticas nacionais.
Irmã Rosita ajudou pessoalmente milhares de pessoas em movimento – facilitando o acesso a abrigo, alimentação, cuidados de saúde, treinamento de idiomas, geração de renda e documentação no Brasil. Como advogada, ela também foi fundamental na formulação de políticas públicas. Seu trabalho na Lei de Refugiados de 1997, por exemplo, ajudou a ampliar os direitos das pessoas refugiadas em consonância com a Declaração de Cartagena de 1984, assegurando assim que a lei contemple mais ações para proteger, incluir e empoderar pessoas forçadas a fugir, em conformidade com os padrões internacionais.
“Decidi me dedicar a migrantes e refugiados. Sou inspirada pela crescente necessidade de ajudar, acolher e integrar refugiados”, disse Irmã Rosita, 79 anos. “Não tenho medo de agir, mesmo que não alcancemos tudo o que queremos. Se assumo algo, vou virar o mundo de cabeça para baixo para fazer acontecer”, acrescentou.
As quatro vencedoras regionais que serão homenageadas este ano são:
. Maimouna Ba (África), uma ativista da Burkina Faso que ajudou mais de 100 crianças deslocadas a retornarem à escola e colocou mais de 400 mulheres deslocadas em um caminho de independência financeira.
. Jin Davod (Europa), uma empreendedora social que, com base em sua própria experiência como refugiada síria, criou uma plataforma online que conectou milhares de sobreviventes de traumas a terapeutas licenciados que oferecem suporte gratuito de saúde mental.
. Nada Fadol (Oriente Médio e Norte da África), uma refugiada sudanesa que mobilizou ajuda essencial para centenas de famílias refugiadas que fugiram para o Egito em busca de segurança.
. Deepti Gurung (Ásia-Pacífico), que fez campanha para reformar as leis de cidadania do Nepal após descobrir que suas duas filhas haviam se tornado apátridas – abrindo um caminho para a cidadania delas e de milhares de outras pessoas em situação semelhante.
Além disso, o povo da Moldávia receberá menção honrosa por atuar como um farol de humanidade. Mesmo enfrentando seus próprios desafios econômicos, eles rapidamente transformaram suas escolas, espaços comunitários e lares em santuários para mais de um milhão de pessoas que fugiram da guerra na Ucrânia.
As biografias de todas as vencedoras estão disponíveis aqui.
Os prêmios serão apresentados em uma cerimônia em Genebra às 14h30 (horário de Brasília) no dia 14 de outubro. Apresentado pela atriz sul-africana Nomzamo Mbatha, o evento destacará o trabalho das vencedoras e contará com apresentações da Embaixadora da Boa Vontade do ACNUR Kat Graham, da soprano moldava Valentina Nafornita e de Emeli Sandé (MBE) – cantora e compositora. O evento também será transmitido ao vivo.
Os prêmios são viabilizados pelo apoio dos Governos da Noruega e da Suíça, da Fundação IKEA, e da Cidade e Cantão de Genebra. Eles são nomeados em homenagem ao explorador, cientista, diplomata e humanitário norueguês Fridtjof Nansen.
A cerimônia do Nansen é aberta a jornalistas credenciados no Palácio das Nações, em Genebra. Uma transmissão ao vivo estará disponível para emissoras de televisão. Para informações, entre em contato pelo email [email protected]. Conteúdo multimídia sobre as vencedoras estará disponível em breve na página https://media.unhcr.org.
As seleções de fotos das vencedoras podem ser compartilhadas com menção aoPrêmio Nansen para Refugiados do ACNUR 2024 e devem ser creditadas com os nomes do ACNUR/Fotógrafa.
Brasil: https://media.unhcr.org/Share/cgh7n8c451p5y26841hq0625k331y5my
Burkina Faso: https://media.unhcr.org/Share/ar68j04c26ff456x6np2850tw26d75t6
Egito: https://media.unhcr.org/Share/pn5q66h44tj2144pshd7ocvr1k25hm0q
Nepal: https://media.unhcr.org/Share/p5gnrqm3mrl3st07airke76n27g37pn1
Turquia: https://media.unhcr.org/Share/t2ou1nyo2k03ld167cy1h35klotbtv38
Para mais informações ou para agendar entrevistas com as vencedoras, entre em contato:
. Américas: em Brasília, Miguel Pachioni, [email protected], +55 61 99914 4049
. Américas: no Panamá, Luiz Fernando Godinho, [email protected], +507 6356 0074
. África: Em Dakar, Alpha Seydi Ba, [email protected], +221 773 457 454
. Ásia: Em Bangkok, Tiy Chung, [email protected], +66 62 310 4369
. Europa: Em Genebra, Louise Donovan, [email protected], +41 79 217 3058
. MENA: Em Amã, Rula Amin, [email protected], +962 (0)790 04 58 49
. Em Genebra, Babar Baloch, [email protected], +41 79 513 95 49
. Em Genebra, Mel Paramasivan, [email protected], +41 79 526 59 48
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