Clube da Leitura é lançado em Porto Velho

Crianças terão metas de leitura a cumprir até o fim do ano

Texto: Renata Beccária Foto: Wesley Pontes
Publicada em 12 de março de 2024 às 10:55

Projeto inclui crianças como Júlia, com deficiência visual, com obras em brailleProjeto inclui crianças como Júlia, com deficiência visual, com obras em braille

A Prefeitura de Porto Velho lançou, na segunda-feira (11), o Clube da Leitura, organizado por iniciativa da Biblioteca Municipal Francisco Meirelles, para fomento do hábito entre crianças de 6 a 12 anos de idade. O lançamento aconteceu no auditório da biblioteca com a presença das crianças e pais participantes.

A seleção dos participantes aconteceu no último mês de fevereiro. Durante o lançamento foram apresentados detalhes do projeto, que estabelece metas de leitura para as crianças com encontros mensais presenciais que iniciam no dia 18 de março, para uma troca de experiências entre os participantes.

Também foram entregues 40 kits pedagógicos. “Eles vão receber esses livros para leitura em casa e aí acontecerão encontros periódicos presencialmente para debate sobre esses livros. Eles têm objetivo a ser cumprido, ou seja, uma quantidade de livros, de vários autores, para que eles possam se familiarizar. Isso não quer dizer que eles não possam vir à biblioteca fazer um cadastro e fazer empréstimo de outros livros, mas o objetivo principal é que essas crianças cumpram essas metas durante esse projeto”, explicou o diretor da Francisco Meirelles, Carlos Augusto.

Foram entregues 40 kits pedagógicos para leitura em casaForam entregues 40 kits pedagógicos para leitura em casa

Davi Lima, de apenas 12 anos, não poupou questionamentos durante a apresentação do projeto. Frequentador e voluntário da biblioteca, o menino pretende aumentar a frequência de leitura através da troca com os amigos. “Eu gosto de ler, gosto de ficar por aqui. Minha mãe começou incentivando e eu resolvi participar. Ler me ajuda na imaginação, ajuda nas provas e ajuda nas redações”, disse o estudante.

Arislene de Souza, funcionária pública, viu na proposta uma forma de incentivar a filha Alice, de 7 anos, a deixar as telas e consumir mais os livros físicos. A mãe vê a tecnologia como um obstáculo a ser vencido. “Eu fiquei sabendo pelas redes sociais e resolvi inscrever meus filhos, pois acho importante o hábito da leitura, eu sempre gostei muito de ler, mas acho que deixei um pouco a desejar com meus filhos, e hoje com a tecnologia do celular, dificulta ainda mais”, desabafou.

INCLUSÃO

Outro ponto reforçado com o Clube da Leitura é a inclusão. Como a biblioteca conta com um acervo de obras em braille, crianças como Júlia Pereira Barbosa, 9 anos, que é deficiente visual, também participam. “Eu estou muito feliz por estar no clube e espero completar toda a agenda até o final do ano”, comemorou a menina ao receber o kit.

Ainda de acordo com o diretor, o Clube tem vigência anual. A proposta é acompanhar as crianças até os 13 anos, visando a possibilidade de abrir um segundo clube específico para o público infanto juvenil.

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