CNJ mantém aposentadoria de juíza de MT por baixa produtividade
A juíza estava no topo da lista de indicação para o cargo de desembargadora do TJMT pelo critério de antiguidade
2ª Sessão Ordinária do CNJ em 2023 FOTO: Ana Araújo/Ag CNJ
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) manteve a aposentadoria compulsória por baixa produtividade de juíza do Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJMT), conforme decisão do tribunal de origem. A decisão foi tomada no julgamento de dois pedidos de Revisão Disciplinar (RevDis) apresentados pela magistrada, durante a 2ª Sessão Ordinária de 2023, realizada na terça-feira (28/2).
O Plenário foi unânime na análise da RevDis 0004351-74.2022.2.00.0000, de relatoria do conselheiro ministro Vieira de Mello. Ao apresentar o voto, ele destacou que o CNJ não é instância recursal ordinária de julgamentos de natureza disciplinares. O conselheiro apontou a prática reiterada da magistrada de conduta negligente no cumprimento dos deveres, comportamento funcional incompatível com o bom desempenho das atividades do Poder Judiciário, além de violação da Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman).
Vieira de Mello ressaltou que, anteriormente, ela foi apenada e respondeu a inúmeros processos disciplinares por insuficiência de produtividade e má gestão da unidade judiciária, contrariedade à lei ou às evidências dos autos e incompatibilidade permanente da magistrada para o exercício da atividade jurisdicional. Ele também enfatizou que a juíza respondeu a dois processos administrativos disciplinares no TJMT, observando que não houve sobreposição dos períodos avaliados.
A juíza estava no topo da lista de indicação para o cargo de desembargadora do TJMT pelo critério de antiguidade. Os procedimentos para preencher a vaga chegaram a ser suspensos por liminar concedida pelo CNJ, na RevDis 0006830-11.2020.2.00.0000. A liminar já estava sem efeito desde junho de 2022. Nesta terça-feira, a RevDis foi julgada improcedente pela maioria do Plenário.
Reveja abaixo os julgamentos do período da manhã na 2ª Sessão Ordinária do CNJ em 2023:
CNJ afasta o juiz federal Marcelo Bretas para investigar condução de processos no RJ
O Plenário também decidiu, por maioria, afastar o magistrado do cargo até o fim das investigações
Julgamento do STF sobre revolta dos 18 do Forte de Copacabana completa 100 anos
A análise dos habeas corpus no STF foi realizada em janeiro de 1923. O assunto abre o projeto Rememorando, que resgata a história da Corte e integra as ações comemorativas dos 132 anos da sua instalação, em 28 de fevereiro
Supremo Tribunal Federal completa 132 anos de instalação
Instituição do Tribunal como órgão de cúpula da Justiça Nacional, em 1891, marca o início da era republicana
Comentários
Seja o primeiro a comentar
Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook