Com a cassação de Rafael Fera, restam duas mulheres com chances de comandar Ariquemes

Fera, que veio do meio da mídia, conhecido pela voracidade com que ataca adversários, foi cassado por ter ultrapassado, segundo seus pares, todos os limites de atuação de um vereador

Fonte: Sérgio Pires - Publicada em 11 de agosto de 2024 às 12:08

Muda tudo na eleição de Ariquemes, a menos que um dos principais candidatos, o ex-vereador Rafael Fera, ainda consiga reverter decisão do Tribunal de Justiça de Rondônia que manteve sua cassação, decidida pela Câmara de Vereadores da sua cidade e o tornou inelegível por oito anos.

Fera, que veio do meio da mídia, conhecido pela voracidade com que ataca adversários, foi cassado por ter ultrapassado, segundo seus pares, todos os limites de atuação de um nobre edil. Ele havia recorrido da decisão, que foi cassada inicialmente. Na semana passada, contudo, a Câmara Especial do Tribunal de Justiça de Rondônia.

O relator do processo, que teve aval dos demais componentes da Câmara Especial, foi o desembargador Daniel Ribeiro Lagos, que negou os efeitos suspensivos da cassação. Basicamente, a decisão se baseou no fato de que a decisão da Câmara Municipal é soberana neste episódio e, seguindo o relator, só cabe a intervenção do Poder Judiciário, nestes casos “tão somente quando restar demonstrada manifesta ilegalidade, sob pena de ofensa ao princípio da separação dos poderes.

Em síntese, os elementos juntados não permitem reconhecer, de pronto, indícios de ilegalidade que possam macular a decisão agravada”. Votaram com o relator os desembargadores  Glodner Luiz Pauletto e o juiz convocado Adolfo Theodoro Naujorks Neto. Com isso, restam, com maiores possibilidades reais, apenas duas candidaturas femininas: a da atual prefeita Carla Redano, com apoio de vários partidos e com uma administração elogiada e da professora Agna Souza, do MDB, aliada também ao grupo político do ex-senador Ernandes Amorim.