Combate à violência doméstica: Prêmio Juíza Viviane do Amaral recebe 83 inscrições

Os projetos inscritos estão em fase inicial de exame de admissibilidade e serão analisados em maior profundidade pela Comissão Avaliadora nas próximas semanas, com previsão de divulgação dos vencedores em agosto

Luciana Otoni Agência CNJ de Notícias
Publicada em 08 de julho de 2021 às 11:56
Combate à violência doméstica: Prêmio Juíza Viviane do Amaral recebe 83 inscrições

A decisão prevê que as Cortes ofereçam estrutura a fim de garantir o amplo acesso à justiça, - Imagem: TJGO

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) recebeu 83 inscrições ao Prêmio CNJ Juíza Viviane Vieira do Amaral. A iniciativa vai premiar e dar visibilidade a ações para prevenção e enfrentamento da violência familiar e doméstica contra mulheres e meninas.

Os projetos inscritos estão em fase inicial de exame de admissibilidade e serão analisados em maior profundidade pela Comissão Avaliadora nas próximas semanas, com previsão de divulgação dos vencedores em agosto. O prêmio foi criado pela Resolução CNJ nº 377/2021 em homenagem à memória da juíza do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) Viviane Vieira do Amaral, assassinada pelo ex-marido em dezembro do ano passado.

Os projetos contemplam as seis categorias da premiação: tribunais, representantes da magistratura, do Sistema de Justiça Criminal – Ministério Público, Defensoria Pública – da advocacia, servidores, além das categorias direcionadas à mídia, produção acadêmica e organizações não-governamentais.

As ações inscritas são de diversas áreas e com enfoques diferenciados. Entre as iniciativas constam documentários que abordam o tema da violência doméstica e familiar; pesquisas de campo com relatos de vítimas de violência doméstica; dossiê sobre feminicídio com análises profundas sobre os motivos que levam às agressões; além de propostas de treinamentos intensivos sobre discriminação, racismo, machismo e preconceito direcionados aos integrantes do sistema de justiça.

Figuram, também, projetos que contemplam relatos sobre vítimas de abuso sexual na pandemia; ações educativas para o enfrentamento desse tipo de violência voltados a jovens e crianças; ações educativas direcionadas a homens com a abordagem dos conceitos machismo e masculinidade tóxica; projetos educativos com o uso de animação entre outros projetos com experiências bem-sucedidas.

Além de dar visibilidade a ações de prevenção e combate à violência familiar e doméstica, o Prêmio CNJ Juíza Viviane Vieira do Amaral também busca conscientizar os integrantes do Poder Judiciário sobre a necessidade de vigília permanente no enfrentamento a esse tipo crescente de violência. Os 83 projetos inscritos serão analisados a partir de critérios como qualidade, relevância, alcance social, criatividade, inovação, resultados e potencial de replicabilidade.

Além da premiação nas seis categorias especificadas, a Comissão Avaliadora poderá conceder prêmio honorário a personalidade que tenha se destacado no enfrentamento a todas as formas de violência contra a mulher. Integram a Comissão, os conselheiros do CNJ das Comissões Permanentes de Políticas de Prevenção às Vítimas de Violências, Testemunhas e Vulneráveis, de Comunicação do Poder Judiciário, de Sustentabilidade e Responsabilidade Social e de Justiça Criminal, Infracional e de Segurança Pública. Também fazem parte a supervisora da Política Judiciária Nacional de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, o secretário-geral e o secretário especial de Programas, Pesquisa e Gestão Estratégica do CNJ.

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