Confederação de municípios pede urgência na aquisição de vacinas
Prefeitos classificam momento da pandemia como "crítico"
A Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que representa as pequenas cidades, divulgou nota pública nesta quinta-feira (4) para defender o federalismo e pedir urgência na vacinação em massa da população brasileira. O documento é assinado por associações que representam municípios nos 26 estados do país.
"Esse é um momento em que a soma de esforços representa o único caminho para o enfrentamento da crise sanitária, política e econômica que a nação brasileira enfrenta e cujo agravamento encaminha o esgarçamento do tecido institucional, político e social", diz a nota.
A entidade também defende que a distribuição das vacinas deva ser liderada pela União, para garantir igualdade entre os estados e preservar o pacto federativo. No entanto, caso o cronograma do Plano Nacional de Imunização (PNI) não seja cumprido, a CNM propõe uma articulação nacional entre estados e municípios para aquisição das vacinas diretamente.
"Caso persista a indefinição em relação ao cumprimento do calendário de distribuição pelo governo federal, o movimento municipalista defende que haja uma concertação nacional temporária dos estados e seus respectivos municípios para a aquisição suplementar das vacinas, respeitando-se o princípio constitucional de igualdade entre os brasileiros. Nesse cenário de vácuo da União e falha do PNI, esse processo pode ser facilitado com a utilização dos 305 consórcios públicos que já atuam na área de saúde e que abrangem 3.612 municípios brasileiros, não sendo necessária e efetiva a criação de novas estruturas para esse fim".
Despolitização
Na carta aberta, os prefeitos classificam o momento atual como "crítico" e pedem coordenação da União. Eles também falam em "despolitizar" a pandemia.
"É hora de despolitizar a pandemia para que todas as lideranças, em quaisquer dos níveis federativos, na sua ação pessoal, sirvam de exemplo, respeitem o distanciamento social, usem máscara e liderem com empatia e sentimento humanitário as suas populações".
Em outro trecho da carta, os gestores municipais criticam a transferência de responsabilidades.
"Não cabe uma transferência de responsabilidade – o tradicional 'jogo de empurra' – em um momento dramático e sem precedentes como este. É urgente que todos - das três esferas de governo - trabalhem de forma harmônica e colaborativa para que, no menor prazo, seja possível aparelhar os hospitais, contratar leitos de UTI e, fundamentalmente, adquirir as vacinas, caminho único para que se retorne à tão necessária normalidade da vida econômica e social".
A íntegra da carta da CNM pode ser lida aqui.
Guedes: PEC Emergencial representa compromisso com saúde e economia
Ministro gravou vídeo ao lado de Márcio Bittar, relator do texto
Recebida denúncia contra ex-presidente do TCE de Roraima por irregularidade em auxílio-transporte
O colegiado determinou, ainda, o afastamento cautelar do conselheiro de suas funções – medida que ele já vem cumprindo em razão de outra decisão do STJ, em 2017
Presidente do STJ defende aprovação da PEC da Relevância em aula magna para estudantes de direito
"O objetivo central da proposta é fazer com que o STJ deixe de atuar como uma terceira instância revisora de processos – nos quais o interesse, muitas vezes, está restrito às partes – e exerça de forma mais efetiva o seu papel constitucional"
Comentários
Seja o primeiro a comentar
Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook