Confiança não se compra em Shopping

Até porque a lição que ficou na última eleição, e que o PMDB e outras siglas que saíram chamuscadas parece não terem aprendido.

Lúcio Albuquerque
Publicada em 20 de maio de 2019 às 15:51

Em 1974, embalado pelo movimento nacional pela abertura política, o MDB, também conhecido como “oposição consentida”, conseguiu resultados na eleição geral que devem ter surpreendido até mesmo os mais otimistas membros da sigla criada pelo Ato Institucional número 5. Se o que saiu das urnas em 1974 surpreendeu o grupo que àquela altura tinha adesão de todos os não inseridos no partido oficial, a ARENA, deve ter causado impacto maior nos corredores do Palácio do Planalto.

As urnas daquele ano passaram a ter seus resultados chamados de “As 16 derrotas que abalaram o Brasil”, título do livro de Sebastião Nery que esmiuçou o caso. Aquela eleição fez o governo criar uma figura sem voto popular na eleição geral de 1978, o “senador biônico” (Aliás, confesso: Era o único cargo político que me interessava, porque não precisava fazer campanha, o de fosse senador biônico, mas aí eu já estava no Território e  a figura não existia).

Em 1974, e depois, o MDB cresceu, mesmo sem ter eleito um presidente da República – falo em eleição direta, o partido acabou virando o fiel da balança. Só que acabou travestido  no que acabou no período de 1994 a 2018: uma sigla oficialmente forte mas que viveu sempre como apêndice importante pelos governos que se sucederam. “Sem o PMDB ninguém governa o Brasil”, é frase que até hoje há quem diga.

Mas desde o “mensalão” o PMDB começou a balançar e perder a credibilidade. Envolvido em escândalos sobre escândalos, o peemedebe chegou a 2018, do ponto de vista de confiabilidade eleitoral numa situação muito ruim, daí que resolveram mudar de nome, como se isso fosse o remédio para tudo.

Ora, quando o velho MDB começou sua caminhada ele não era exatamente um partido, mas, sim, uma salada de frutas de várias siglas e interesses. No entanto, em seus quadros principais havia nomes que agregavam e impunham respeito, os principais deles Pedro Simon e Ulysses Guimarães, cuja morte, em 1992, até hoje ainda causa ainda reclamações de falta de melhor esclarecimento.

Mesmo aqui em Rondônia, havia nomes de peso e que agregavam, sob a liderança de Jerônimo Santana, Cloter Mota e Enjolras Araújo. Mas o PMDB foi se apequenando. De tal forma que acabou transformado em chacota, um partido praticante da máxima do “é dando que se recebe”, usando aquela outra, do “hay gobierno, soy a favor”, desde, claro, que levasse bons cargos e outras benesses.

Na disputa de 2018 o PMDB deixou de existir, tentaram dar um verniz  novo, retornando ao MDB, mas pelo visto e pela reprovação dos nomes principais de sua sigla – aqui também com Valdir Raupp sendo defenestrado e quase que Confúcio Moura perde a vaga ao Senado para um desconhecido candidato lá de Vilhena – talvez a receita não é só tentar reinventar o partido.

Até porque a lição que ficou na última eleição, e que o PMDB e outras siglas que saíram chamuscadas parece não terem aprendido, é que confiança é coisa que você não compra em shopping e nem em boteco.

TRÍDUO

Começa nesta terça-feira, 19 horas, com uma celebração na estação rodoviária o tríduo em homenagem à padroeira de Porto Velho Nossa Senhora Auxiliadora, cuja data maior será na 6ª feira. A missa desta terça será uma ação conjunta das paróquias da Sagrada Família e São Cristóvão. 4ª feira haverá visita da imagem peregrina à Maternidade Municipal e na quinta (Sagrada Família, Rua Buenos Aires ao lado do campo do 13) Leitura Orante da Bíblia, às 19 horas. Sexta-feira acontece a procissão saindo da paróquia N. S. de Fátima para a Catedral, 16h30.

CONSELHO

O que temos de órgãos e entes oficialmente voltados à proteção do menor é coisa grande. Antigamente, e nem faz tempo, coisa de 30 anos, por aí, havia o Comissariado de Menores, agora, no entanto, tem muito mais. Mas é só dar uma circulada pelas ruas que parece nada estar sendo feito. Na região da rodoviária interestadual, Porto Velho, há muita presença de menores circulando, sendo que à noite eles vão dormir pelas calçadas etc. Será que só quem deve agir prefere não ver?

DESORGANIZAÇÃO

O camarada limpa peixe e deixa as sobras ali mesmo, enquanto moscas passeiam por lá e vão em seguida pousar em bancas de vendas de frutas e verduras. Só quem não vê, e como não vê não age para organizar a bagunça, é quem tem a responsabilidade da vigilância sanitária ou de setor da prefeitura. Além disso, o que acontece muito na feira livre, cada feirante se coloca como quer, sem deixar espaço para quem quer comprar, mas isso também não é visto pelo órgão municipal que até mantém dois ou três fiscais na feira, mas pelo visto é apenas para incluir isso em relatórios de final de ano.

POR QUE NÃO PRENDERAM?

Jessier Quirino, professor da UF Campina Grande, showman, tem uma que é genial: o matuto estava na porta da delegacia quando sai um policial e afixa um enorme cartaz com a foto de um bandido, um cara  muito mal encarado. Em baixo da foto, em letras garrafais escrito: PROCURA-SE.

O matuto vê aquilo, se aproxima e pergunta do policial: “Esse cabra é  perigoso?” O agente da lei replica: ‘É sim, e bota perigoso nisso”. Aí o matuto dá o “bote” final:

“Se é tão perigoso por que não prenderam esse cabra quando fizeram a foto?”.

Inté outro dia, se Deus quiser.....

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