Coordenado por Vinicius Miguel, estudo sobre baixa adesão da vacinação infantil em Rondônia é destaque na imprensa nacional
Pesquisa aponta que a falta de uma comunicação eficaz contribui para que Rondônia esteja entre os estados com os mais baixos índices de cobertura vacinal entre crianças
Um estudo realizado por um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) sobre a baixa adesão vacinal de crianças no estado foi destaque na imprensa nacional na última sexta-feira (10/02).
Coordenado pelo professor, advogado e especialista em direitos humanos Vinicius Miguel, o estudo aponta que a falta de uma comunicação eficaz contribui para que Rondônia esteja entre os estados com os mais baixos índices na cobertura vacinal infantil, que tem como consequência a exposição de crianças a doenças que já haviam sido erradicadas no país.
De acordo com o relatório da pesquisa, que se propôs a estudar a relação entre desinformação, indisponibilidade de dados públicos e escassez de transparência pública na saúde, a vacinação no estado é dificultada pela falta de informação básica e acessível, como local e horário para vacinação e a disponibilidade de vacinas, além da falta de atendimento telefônico.
“Passamos, com os levantamentos, a perceber a escassez parcial ou total de uma comunicação pública, propositiva e até mesmo mais básica sobre vacinação, sua importância, necessidade, efetividade e biossegurança”, conta Vinicius Miguel.
Apesar da falha do Estado em garantir a efetividade do direito à saúde de crianças e adolescentes, o professor e coordenador do estudo conta que o grupo percebeu um discurso corrente que atribui culpa exclusiva à família ou ao usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) para a queda de vacinação.
“Não se ignora a emergência de movimentos antivacina e anticiência, mas o nosso olhar era de que isso, por si só, era insuficiente para explicar a queda da cobertura vacinal como um todo”, explica o pesquisador.
O coordenador do estudo aponta que o poder público precisa apresentar uma reação enérgica contra os movimentos antivacina, além de retomar canais de comunicação com a sociedade sobre riscos e prevenção.
“Os municípios, estados e mecanismos de vigilância sanitária precisam facilitar a informação básica e prática. Percebe-se que há uma lacuna enorme de dados sobre calendário vacinal, onde tomar vacinas e mesmo horários de funcionamento das unidades”, enfatizou Vinicius Miguel.
Também é importante informar sobre a disponibilidade de vacinas: muitas vezes, o cidadão se desloca até a unidade de saúde e é informado sobre a falta, volta para casa e não recebe mais informações quando ocorre o abastecimento. Neste contexto, o professor complementa que o Estado deixa de aproveitar as muitas possibilidades de facilitar o cotidiano do cidadão.
“Mecanismos como disponibilizar local e horário de atendimento ou mesmo desenvolver mecanismos de alerta (como SMS ou mensagem de WhatsApp) para que responsáveis levem as crianças para vacinação ou usar modos de agendamento da vacinação que o usuário pudesse também identificar o local e horário mais conveniente e próximo de sua residência”, aponta o autor.
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