Datafolha mostra que governo precisa se mexer e recuperar confiança da opinião pública

Para corrigir a rota, o governo precisa definir os rumos que tomará na economia

Fonte: Rachel Vargas - Publicada em 15 de fevereiro de 2025 às 16:03

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva - 29/01/2025Presidente Luiz Inácio Lula da Silva - 29/01/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O resultado da pesquisa Datafolha, divulgada nesta sexta-feira (14), demonstra um cenário preocupante para o governo Lula. O presidente mais popular da história alcança em seu terceiro mandato os piores resultados já registrados, com pior índice de aprovação, 24%, e recorde de reprovação, 41%.

O retrato do levantamento é claro: o governo Lula perdeu a confiança da opinião pública e na economia. E, para piorar, a queda se deu também dentro da sua base eleitoral. Essa constatação é feita a partir do diagnóstico em segmentos mais alinhados ao petista, como mulheres, cuja aprovação passou de 38% para 24%, católicos, de 48% para 24%, e para quem ganha até dois salários mínimos, de 44% para 29%.

Para corrigir a rota, o governo precisa definir os rumos que tomará na economia. É que mesmo que tenha registrado índices econômicos favoráveis, em 2024, como pleno emprego, aumento da renda e PIB acima das previsões, a inflação tem corroído o poder de compra da população, o que leva a uma descrença sobre o futuro econômico do país. 

Para além disso, o Lula 3.0 apostou em políticas públicas antigas, como PAC, Bolsa Familia e Minha Casa, Minha vida, e não renovou sua carteira de programas sociais. A reforma ministerial bate à porta a tempo do governo trabalhar para 2026. Mas será inócua se o chefe da equipe não entender o recado das ruas.

Rachel Vargas

Jornalista há 20 anos, atuou nas principais redações do país, como Correio Braziliense, Jornal de Brasília, TV Band, TV Justiça, Record TV e CNN. Há dois anos, começou a atuar em consultorias políticas e se especializou como consultora de relações institucionais e governamentais, função que também exerce na Ágora Advocacy.

28 artigos

Datafolha mostra que governo precisa se mexer e recuperar confiança da opinião pública

Para corrigir a rota, o governo precisa definir os rumos que tomará na economia

Rachel Vargas
Publicada em 15 de fevereiro de 2025 às 16:03

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva - 29/01/2025Presidente Luiz Inácio Lula da Silva - 29/01/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O resultado da pesquisa Datafolha, divulgada nesta sexta-feira (14), demonstra um cenário preocupante para o governo Lula. O presidente mais popular da história alcança em seu terceiro mandato os piores resultados já registrados, com pior índice de aprovação, 24%, e recorde de reprovação, 41%.

O retrato do levantamento é claro: o governo Lula perdeu a confiança da opinião pública e na economia. E, para piorar, a queda se deu também dentro da sua base eleitoral. Essa constatação é feita a partir do diagnóstico em segmentos mais alinhados ao petista, como mulheres, cuja aprovação passou de 38% para 24%, católicos, de 48% para 24%, e para quem ganha até dois salários mínimos, de 44% para 29%.

Para corrigir a rota, o governo precisa definir os rumos que tomará na economia. É que mesmo que tenha registrado índices econômicos favoráveis, em 2024, como pleno emprego, aumento da renda e PIB acima das previsões, a inflação tem corroído o poder de compra da população, o que leva a uma descrença sobre o futuro econômico do país. 

Para além disso, o Lula 3.0 apostou em políticas públicas antigas, como PAC, Bolsa Familia e Minha Casa, Minha vida, e não renovou sua carteira de programas sociais. A reforma ministerial bate à porta a tempo do governo trabalhar para 2026. Mas será inócua se o chefe da equipe não entender o recado das ruas.

Rachel Vargas

Jornalista há 20 anos, atuou nas principais redações do país, como Correio Braziliense, Jornal de Brasília, TV Band, TV Justiça, Record TV e CNN. Há dois anos, começou a atuar em consultorias políticas e se especializou como consultora de relações institucionais e governamentais, função que também exerce na Ágora Advocacy.

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