Decreto libera garimpos. Vai começar a gritaria ambiental
Mesmo que a nova legislação estadual determine rigoroso controle dos garimpos e todas as licenças ambientais possíveis, é claro que a questão é muito controversa, já que o controle da garimpagem dependeria unicamente da legislação federal
Preparemo-nos todos. E que se prepare, mais ainda, o governador Marcos Rocha! Vem aí uma chuva de protestos, de ações judiciais patrocinadas por ONGs e pelo próprio Ministério Público Federal, além de uma centena de entidades que vivem discursando “em defesa do meio ambiente”. Pois Rocha teve a coragem de assinar, nesta sexta, decreto que regulamenta o garimpo em Rondônia, inclusive no rio Madeira. Mesmo que a nova legislação estadual determine rigoroso controle dos garimpos e todas as licenças ambientais possíveis, é claro que a questão é muito controversa, já que o controle da garimpagem dependeria unicamente da legislação federal. E ela prefere que nossas riquezas sejam roubadas, contrabandeadas, deixando atrás apenas destruição e nem um só centavo de tributos. O governador comemorou a assinatura do novo decreto, que chamou de “histórica”. Mas é bom se preparar. Os verdadeiros donos da Amazônia vão fazer de tudo para não permitir que todos os rondonienses sejam beneficiados pelas riquezas imensas que temos por aqui. O ouro não é nosso. É do garimpo ilegal e dos contrabandistas...
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Comentários
Parabéns aos comentaristas! Tomara que a sociedade rondonienses erga sua voz e ajude a mitigar os nefastos efeitos deste decreto estadual. Destoa apenas um rápido e infantil comentário do Altamir Roque. Certamente ele não lembra o Bairro do Roque no final dos anos 1970, início de 1980. Era uma zona só. Garimpeiros e prostitutas ocupavam as cadeiras de botecos e prostítulos em cada esquina... Ou, se lembra, o Roque está com saudades.
A premissa adotada pelo articulista, se bem entendi, foi de que o Governo vai liberar os garimpos pois o é incapaz/ou não quer coibir essas atividades ilegais. Bem, se não consegue coibir, conseguirá fiscalizar? Essa é uma questão importante. É fácil prever a corrupção rolando solta nessa "fiscalização". É mais provável que a extração continue, desta vez em volto numa ar de legalidade. E a arrecadação, se ocorrer, será de propina. Outra questão mais relevante, os prejuízos ambientais oriundos dessa atividade. O mercúrio é danoso para nossa saúde e ele não é expelido do corpo, nós acumulamos ele. Logo não há nível seguro para a utilização do mesmo nessa atividade. Além disso, há danos para a terra, fauna e flora. Na cadeia produtiva do garimpo, apenas o dono amealha o lucro. Ao garimpeiro sobra a exposição ao perigo, morte é uma constante nessa atividade. Nos ciclos de ouro que já tivemos, a maioria dos garimpeiros se deram mal. Muitos morreram, foi nesse tempo que a violência surgiu na pacata Porto Velho. No título da "reportagem" o jornalista reforça seu desrespeito e estereótipos para com quem pensa diferente dele, e não é a primeira vez que mostra seu preconceito contra ambientalistas ou quem pensa diferente dele. Nessa situação fica difícil respeitar quem se diz jornalista e é adepto de seguir o atual presidente. Não é crime tentar preservar a natureza que nos fornece tudo. Por fim, sim, há uma riqueza no fundo do leito das águas barrentas do Madeirão e isso causa tensão social. Porém, o correto seria um amplo debate sobre isso e buscar novos modelos para uma eventual exploração dessa riqueza sem que ter destruir tudo.
Péssima decisão do governo de RO. Qualquer avaliação que leve em consideração apenas um pseudo-desenvolvimento da região, é parcial e muito mal intencionada. O garimpo é uma atividade altamente nociva, na maioria dos aspectos que alguém pretenda analisar. Polui o meio-ambiente, prejudica o ciclo da vida, contamina peixes (principal fonte de alimentação do povo amazônico), aumenta a prostituição, aumenta a bandidagem, aumenta os crimes contra a vida, aumento das zonas de baixo meretricio na cidade. Além de representar enorme perigo à ponte do Rio Madeira (acreditem! os próprios garimpeiros acreditam que há ouro no entorno da ponte, e nunca fizeram cerimônia para encher de dragas ali). Benefícios??? Se alguém souber de algum... Você acha que garimpeiro vai pagar imposto???? E mesmo que pagasse, seria algo ínfimo frente aos enormes prejuízos. Acredito que esse decreto vai ser corretamente derrubado pela justiça.
Sérgio Pires pode ser um POBRETÃO de DIREITA que só escreve o que os patrões dele querem. O GARIMPO nada traz de benefício para a população e ele sabe disto, pois não é burro. Sobre o MERCÚRIO nos peixes do rio Madeira e a violência naquele ambiente sórdido ele nada falou. Então se o Sérgio Pires não falou deve ser porque não existem. E o lucro do OURO vai para quem? Para os donos das dragas. E o MERCÚRIO vai par quem? Para todos os ribeirinhos e para quem consome o peixe. Inclusive para o sabidão metido a jornalista.
Pelo ponto de vista da economia, a reabertura generalizada da garimpagem no Madeira gerará renda para muita gente. Donos de balsas e seus empregados serão beneficiados. Assim como os comerciantes e contrabandistas do ouro. A arrecadação fiscal sobre essa produção mineral será pífia, vez que seu controle é muito complexo. Até os vendedores do Mercúrio irão voltar a faturar. E é aí que a coisa pega! Obviamente que o bolsonarista Sérgio Pires sabe, mas não está nem se lixando, que o nível de mercúrio na carne dos peixes irá disparar em pouco tempo, como ocorreu nos anos 70/80. Toda pessoa esclarecida sabe o quanto o uso extensivo do mercúrio infecta os peixes, causando inúmeros malefícios às populações ribeirinhas e indigenas, que têm no peixe sua principal fonte de alimentação. Pesquisas sérias feitas por laboratórios e pesquisadores da UNIR revelam isso com clareza. Mas a ciência e a pesquisa nada diz a quem só pensa no lucro. Ademais, para essa gente negacionista, a saúde das populações originárias não interessa. Recomendo a você, leitor, pesquisar um pouco acerca do tema: mercúrio na garimpagem e contaminação dos peixes.
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