Delegada desmente sequestros de crianças e alerta para fake news disseminadas através de áudios no WhatsApp
Solângela recomendou cuidados, mas orientou para que informações sejam checadas
Nesta semana, a reportagem do FOLHA DO SUL ON LINE esteve com a delegada Solângela Guimarães, titular da Delegacia Especializada no Atendimento a Mulher (DEAM), de Vilhena, para esclarecer uma situação que vem provocando pânico em muitos moradores, que são áudios dando conta da tentativa de sequestros de crianças.
De acordo com a delegada, que afirmou ter apurado todas as informações, mesmo não havendo nenhum registro por parte das supostas vítimas, os áudios e mensagens não procedem, pelo menos não no município de Vilhena.
Solângela esclareceu que determinou que as informações fossem averiguadas mesmo sem denúncias formalizadas, devido ao grande alvoroço que o boato vem causando e, de fato, nenhuma delas corresponde a Vilhena, pois além da identificação de uma das pessoas que propagaram as mensagens e áudios, tendo ela afirmado que apenas repassou sem checar, os detalhes veiculados por um site local, dando conta de que um dos casos onde um suposto sequestrador havia tentado arrancar a filha do colo da mãe, também não procede.
Na reportagem divulgada, o editor afirma que os fatos se deram no bairro Cidade Verde I, em Vilhena, porém, além de não constar isso na mensagem divulgada, informação na qual o veículo afirma ter se embasado, as referências usadas não correspondem ao referido residencial.
“A reportagem divulgada afirma que os fatos se deram na rua 14, próximo a ‘pracinha das casinhas’, porém, nos bairros Cidade Verde I, II e III de Vilhena, não há essa rua e nem conjuntos habitacionais, o que mostra que a informação não foi checada”, afirmou a delegada.
Outro fato que prova que as informações dos áudios não correspondem a Vilhena é que, até o momento nenhuma marcação em postes ou lixeiras foi encontrada, como relata a mulher que fez a gravação.
“A situação narrada pela mulher do áudio, de que a placa de um veículo suspeito havia sido checada pela polícia e constatado se tratar da identificação de uma motocicleta, não aconteceu aqui, pois nem a PM nem a PC de Vilhena tem essa informação”, disse a delegada.
Solângela afirmou ainda, que de fato as únicas informações em que a família das crianças que teriam sido alvos de alguma atitude suspeita foi ouvida, e se trata dos dois casos divulgados pelo FOLHA DO SUL ON LINE, quando uma menina foi chamada por um estranho no portão de casa no bairro Bodanese e um menino quase foi puxado para dentro de um carro no Assossete. Antes da divulgação, a reportagem do site falou com as responsáveis pelas crianças e checou os endereços, informação que ajudou a Polícia Civil na identificação da família.
“Nestes dois casos em específico conseguimos chegar até os familiares das crianças através da imprensa, pois nem esses foram registrados, o que torna nosso trabalho ainda mais difícil, pois caso a PM não possa ir ao local no momento, os responsáveis precisam procurar a delegacia, pois quem investiga de fato é a Polícia Civil”, reforçou a delegada.
Por fim, Solângela tranquilizou a população que tem ligado afoita nas delegacias em busca da veracidade das informações, porém, ressaltou que o essencial é manter os portões fechados, pois mesmo que as informações não procedam, isso não quer dizer que não venha a acontecer, pois o sequestradores se aproveitam da oportunidade fácil e pessoas de má índole há em todo lugar.
A delegada solicitou atenção da população na hora de repassar informações recebidas em aplicativos de mensagens sem saber a procedência, pois estas podem gerar pânico e transtornos desnecessários, assim como alertou a mídia a realizar a checagem das denúncias antes de fazer a divulgação, pois o fato pode até ser verdade, “mas antes precisamos saber se de fato são referentes ao nosso município”.
“Caso alguém tenha sido vítima ou presenciado alguma atitude suspeita, procure a DEAM localizada na avenida Paraná, ou a UNISP, e denuncie, pois com o registro do caso, o Setor de Investigação terá mais facilidade para identificar os possíveis suspeitos e até mesmo alertar a população caso a situação requeira cuidados especiais. Se a pessoa não quiser ser identificada, a denúncia pode ser feita de forma anônima, que mesmo assim será apurada”, finalizou a autoridade.
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