Diretores da Sociedade de Infectologia sofrem ameaças de morte de bolsonaristas por não receitarem cloroquina (vídeo)
"Nós não nos furtamos até hoje de fazer a ciência e nós vamos continuar, com ameaças de morte ou não, seguindo na luta"
Médicos infectologistas estão sofrendo ameaças de morte por negacionistas bolsonarisatas por não receitarem tratamentos com medicamentos contra a Covid-19 sem comprovação científica, como a cloroquina e ivermectina. A denúncia foi feita pelo médido Sérgio Cimerman, coordenador Científico da Sociedade Brasileira de Infectologia e médico do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, durante o evento de início da vacinação no país no último domingo (17). Assista ao vídeo do momento em que o médico faz a denúncia:
"Na luta da nossa especialidade, agora eu vou abrir aos jornalistas, estamos sofrendo ameaças de morte constantes por parte de negacionistas (...) não só eu como todos os diretores da sociedade brasileira de infectologia, que não apoiamos a cloroquina, ivermectina e o tratamento precoce”, disse Cimerman no último domingo, durante a entrevista coletiva convocada para discutir a aprovação das vacinas CoronaVac e de Oxford pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa). A CoronaVac é produzida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantã e o outro imunizante é fruto de uma parceria entre a Astrazeneca e Universidade de Oxford em parceria com a Fiocruz.
"Nós não nos furtamos até hoje de fazer a ciência e nós vamos continuar, com ameaças de morte ou não, seguindo na luta", completou o infectologista em seguida. Na reunião que tratou da aprovação da vacinas pela Anvisa, diretores da própria agência também reconheceram que não existe tratamento da Covid-19.
“Até o momento não contamos com alternativa terapêutica aprovada disponível para prevenir ou tratar a doença causada pelo novo coronavírus”, disse a relatora Meiruze de Freitas.
O tratamento precoce com medicamentos como a cloroquina e ivermectina é defendido por Jair Bolsonaro e seus apoiadores, além de negacionistas desde o início da pandemia, no ano passado.
Outros profissionais da área de saúde, como os médicos do Hospital da Força Aérea Brasileira (HFAB) também denunciam estarem sedo pressionados para receitarem o “kit cloroquina”. O medicamento, comprado pelo Governo Federal, vem em doses para um tratamento de cinco dias.
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