Ao visitar ontem o canteiro de obras do elevado da rua Três e  Meio, na BR-364, em Porto Velho, o superintendente do DNIT, Sérgio Mamanny, aplaudiu o entusiasmo do prefeito com o andamento dos trabalhos, dentro do planejamento estabelecido pelo órgão desde sua retomada, em 2014. Foi quando o DNIT licitou as obras remanescentes do projeto da travessia urbana da capital, após dez anos de retardamento e, afinal, desistência da Prefeitura, até então titular da delegação pelo Governo Federal. O DNIT começou a atuar no projeto em 2015 e, em 04 de outubro de 2016, quase no dia seguinte ao primeiro turno das eleições municipais, liberou a primeira das pistas ao tráfego de veículos e anunciou o início dos trabalhos do viaduto da Três e Meio, agora em fase de conclusão.

Sérgio Mamanny não vê razão para a celeuma que formou a partir de uma interpretação provavelmente equivocada das declarações do prefeito nas redes sociais, pois que a Prefeitura tem, na verdade, com autorização e em parceria com o DNIT, atuado exclusivamente no projeto paisagístico dos canteiros e das áreas livres das alças de acesso aos viadutos. "Não é pouca coisa" - disse o superintendente, para acrescentar que o posicionamento do prefeito poderá inclusive contribuir para resgatar, no DNIT Brasília e no Ministério dos Transportes, a credibilidade perdida pela municipalidade em decorrência de equívocos administrativos, ainda sob investigação, que retardaram em quase uma década a conclusão do projeto. Mamanny acredita inclusive já estar superado o desconforto causado pelas declarações do prefeito junto ao corpo técnico do DNIT, de cujo esforço dependeu, de fato, o avanço das obras. Tanto, que fará questão de convidá-lo  para a solenidade de descerramento da fita inaugural do viaduto, que espera programar para ainda na primeira quinzena de novembro.

- "Nosso trabalho é exclusivamente técnico" - disse o superintendente do DNIT, para descartar qualquer envolvimento em conjuminâncias políticas. "Mas estamos acostumados aos embates que sempre acontecem na disputa pela paternidade das obras concluídas. O que efetivamente importa é que temos um trabalho a executar e a ele nos dedicamos".  Ele adiantou que, segundo cronograma estabelecido pelo engenheiro Emanuel Nery, do DNIT, fiscal das obras, e o consórcio responsável pela execução, a próximas meta será a conclusão das marginais da Jatuarana e da Rio Madeira até o trevo do Roque. Em seguida, virá a pavimentação da marginal do trevo do Roque até à passagem inferior da Rio de Janeiro e a ligação, já em obras, do Areal da Floresta com a Rio de Janeiro através da passagem inferior.

O passo seguinte será a continuação da marginal até o pé da ladeira próxima ao Tucumanzal , antes do chamado Igarapé Grande. Aquele trecho do Igarapé vai exigir uma grande intervenção, que não será possível executar em 2017, pois não haverá mais tempo este ano. Não se pode assegurar também que será possível a conclusão do trecho programado, pois tudo depende do tempo, de condições meteorológicas e da disponibilidade de recursos. Está igualmente programada a execução das obras da Campos Sales, que já foram iniciadas com a pavimentação das vias marginais, ao lado do muro da Eletronorte e do Posto Garimpeiro.

O trânsito será desviado por elas, para que seja possível trabalhar no elevado, que vai exigir a elevação da BR com a contenção por terra armada para encabeçamento da obra de arte já construída.  Isso começa, mas não termina este ano. Até porque os recursos que temos empenhados não são suficientes. Nossa estimativa, é que consigamos concluir a obra em, meados do segundo semestre de 2018, já que o regime de chuvas não permite grande movimentação de terras antes de maio ou junho.