Em Rondônia, Funai apoia curso de culinária para mulheres indígenas da etnia Wari’

O coordenador regional da Funai ainda destaca a importância da capacitação para as comunidades indígenas, “uma vez que vai servir para ajudar na geração de renda e na diversificação do cardápio familiar

Assessoria/Funai/Foto: Divulgação/Funai
Publicada em 20 de junho de 2022 às 12:17
Em Rondônia, Funai apoia curso de culinária para mulheres indígenas da etnia Wari’

Mulheres indígenas da etnia Wari' participaram de um curso de culinária voltado a pratos feitos à base de mandioca, ou macaxeira como é chamado o tubérculo em boa parte das regiões Norte e Nordeste do país. A capacitação das quinze indígenas aconteceu na Aldeia Linha 10 da Terra Indígena Igarapé Lage por meio de uma parceria entre a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Rondônia (Senar-RO).

Entre os dias 16 e 20 de maio as participantes puderam conhecer ou aprimorar receitas tradicionais como o bolo rural, maxipioca, torta de macaxeira, pudim de macaxeira, maní pelado (amendoim), brigadeiro de macaxeira, coxinha, pão de queijo, mandioqueijo, suco de macaxeira, sorvete de macaxeira, bolo de goma, bolo de arroz cru, bolinho de macaxeira, torta de entrecasca de macaxeira, queijadinha, tucupi, pão de macaxeira, sequilhos de polvilho, biscoito areia de polvilho, peta, biscoito de vento e nhoque de macaxeira.

A unidade descentralizada da Funai com sede em Guajará-Mirim (RO) forneceu os produtos necessários para a produção das receitas e providenciou o transporte da professora de culinária, Rosemeri Araújo, até a comunidade indígena. Conforme relata o coordenador regional da Funai, Euro Ferreira Guedes, cada Terra Indígena sob a jurisdição da Coordenação Regional da Funai deverá receber um curso de culinária semelhante ao realizado na Terra Indígena Igarapé Lage. “Aguardamos a disponibilidade do Senar para agendar os próximos cursos e fixar as datas”, afirma.

O coordenador regional da Funai ainda destaca a importância da capacitação para as comunidades indígenas, “uma vez que vai servir para ajudar na geração de renda e na diversificação do cardápio familiar. Além disso, o curso proporciona o esclarecimento sobre a utilização de matéria prima que muitas vezes era inutilizada por falta de orientação de sua destinação para fins alimentícios”, ressalta Euro Ferreira.

Etnodesenvolvimento

Na Região Amazônica, a cadeia produtiva da farinha de mandioca indígena já havia recebido outro importante apoio da Funai. No início desse ano, a unidade descentralizada da fundação com sede no município de Atalaia do Norte (AM) distribuiu 40 kits de casas de farinha para cerca de 30 aldeias das etnias Kanamari, Kulina Pano, Madjá-Kulina, Marubo, Matis, Matsés e Mayuruna. Nos próximos meses, a previsão é realizar a entrega de outros 18 kits de casas de farinha, totalizando 68 conjuntos de equipamentos entregues a comunidades indígenas do estado do Amazonas.

Para entregar e instalar os materiais, servidores da Funai lotados na Coordenação Regional Vale do Javari percorreram, durante 45 dias consecutivos, as Terras Indígenas Cacau do Tarauacá, Mawetek, Kanamari do Médio Juruá, Kulina do Médio Juruá e Vale do Javari. A equipe foi composta por cinco integrantes: dois servidores da unidade da Funai, um motorista fluvial, um carpinteiro e um indígena que atuou como tradutor. Todo o percurso foi feito em três embarcações: um canoão regional de madeira, uma lancha de alumínio e uma pequena canoa, todos com motor de popa.

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