Estrutura precária, insegurança e fiação elétrica antiga comprometem modernização do Cemetron
A instalação elétrica do hospital tem mais de 20 anos e muitas vezes não suporta a carga de aparelhos ligados.
Há mais de 30 anos, o Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron) presta assistência a pacientes portadores de doenças infectocontagiosas e tropicais, como tuberculose, HIV e malária.
A presidente do Sindicato Médico de Rondônia, Dra. Flávia Lenzi, juntamente com Dr. Francisco Inocêncio Novaes, vice-presidente da entidade, por meio do programa “SIMERO SEM PARAR”, visitaram o hospital para verificar “in loco” as condições de trabalho dos médicos servidores.
“Há anos o prédio não passa por uma reforma. A estrutura está precária. Para se ter uma ideia, a instalação elétrica antiga e muitas vezes não suporta a carga de aparelhos ligados. E isso é um dos grandes entraves que não deixa um hospital tão importante se modernizar. O Cemetron só não está pior devido ao cuidado e carinho dos funcionários, que se dedicam realmente a tarefa que lhes foram propostas.” Explicou Dra. Flávia
A comitiva do Simero foi recebida pelo Dr. Sérgio Bazano que relatou que o Cemetron não possui serviço próprio para exames como endoscopia, raio-x, tomografia e quando esses serviços são solicitados os pacientes precisam ser transportados para outras unidades de saúde. Porém, segundo Dr. Sérgio, “o hospital tem 100 leitos e apenas uma ambulância. A maioria dos pacientes precisam diariamente fazer exames, muitos com doença infectocontagiosa, que precisa de isolamento, ou seja, tem que ser transportado um por vez. Com isso, a logística de transporte é complicada.”
A falta de segurança também é um agravante. A unidade de saúde atende muitos apenados e com isso, servidores e pacientes ficam vulneráveis. Relatos de furtos são corriqueiros. A insegurança também facilita a entrada de facções no prédio, podendo gerar algum tipo de ameaça e violência.
De acordo com dados do Governo de Rondônia, só no primeiro semestre de 2019, o Cemetron já realizou cerca de 200 mil atendimentos entre ambulatoriais e hospitalares, 7900 consultas, mais de 2400 pronto-atendimentos e 1100 internações.
“O Cemetron é referência até mesmo para estados vizinhos, como Acre, Amazonas. Nós do SIMERO vamos tomar as medidas cabíveis para que os médicos lotados nesta unidade tenham mais condições de trabalho, fazendo assim que o atendimento aos pacientes sejam mais acolhedores e humanizados.” Concluiu Dra. Flávia Lenzi.
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